A nova gestão do Corinthians, agora sob gestão de Osmar Stabile, destacou os problemas financeiros para resolver os problemas a curto prazo.
O primeiro objetivo, ainda antes de anunciar os novos diretores, é quitar cobranças mais imediatas que passam da casa dos R$ 30 milhões, segundo apuração do ge.
Nas primeiras 24 horas, a nova gestão identificou problemas para quitar compromissos em algumas frentes, como o Profut, a rescisão de Ramón Díaz e dívidas com clubes relativas a parcelas de transferências.
Tudo isso com um clube "sem caixa", conforme dito pelo presidente interino.
– Terra arrasada é porque temos que pagar alguma coisa e não tem dinheiro. Onde está o dinheiro? Não tem. Temos que correr atrás para conseguir – disse Osmar Stabile.
– Foram informadas questões que nosso caixa estava em ordem, com dinheiro, tudo sob controle, e isso não é verdade. Nossa situação financeira é delicada, temos compromissos enormes para serem cumpridos – acrescentou.
A dívida do Profut é uma das prioridades no momento. O clube está perto de completar o terceiro mês de inadimplência do programa criado para postergar dívidas com o Governo, evitando cobranças e bloqueios a curto prazo.
Augusto Melo deixou um caixa de R$ 5 milhões, segundo informações da própria gestão do antigo presidente, que deixou o cargo temporariamente após sofrer impedimento do Conselho Deliberativo.
Os sócios precisam referendar a votação, ainda sem data definida, para definir o futuro de Melo no cargo. Osmar Stabile assumiu interinamente o cargo pelos próximos dois meses.
O Profut foi criado em 2015 para melhorar a gestão financeira dos clubes. Até a participação nos campeonatos acaba condicionada com a comprovação dos pagamentos dos tributos.
Outro ponto fundamental a curto prazo é o pagamento da rescisão de Ramón Díaz e da comissão técnica, além da folha salarial dos jogadores.
Atualmente, o pagamento do futebol profissional do Corinthians está na casa dos R$ 22,5 milhões.
A nova diretoria, que ainda terá os nomes divulgados, trabalha para angariar novos recursos nos próximos dias, a fim de honrar os compromissos.
O ex-diretor financeiro Rozallah Santoro, hoje oposicionista a Augusto Melo, participará do departamento para ajudar nessa transição. Pelo estatuto, ele não pode assumir a diretoria neste momento, já que deixou a gestão Augusto Melo há menos de um ano. (Com ge)
