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Três brasileiros vão a Paris tentar liberação para disputar os Jogos

Os atletas conseguiram as vagas mas não foram convocados porque não fizeram o número mínimo de testes antidoping

22/07/2024 - 10h25

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Hygor Gabriel em ação no Troféu Brasil de Atletismo (Foto: Ge)

Os atletas Hygor Gabriel, do revezamento 4x100m, Max Batista, da marcha atlética, e Lívia Avancini, do arremesso de peso, chegam a Paris nesta terça-feira para tentar liberação para disputar os Jogos


Olímpicos. O trio brasileiro ainda não faz parte da delegação do COB (Comitê Olímpico do Brasil), com direito a credencial e estadia na Vila Olímpica, por exemplo. É a CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) quem vai bancar a viagem e a permanência deles na França em busca da inscrição nos Jogos.


Hygor, Lívia e Max conseguiram cumprir os critérios para a vaga olímpica, mas ficaram fora da lista oficial dos convocados da CBAt porque não tinham passado por, no mínimo, três testes antidoping, cada um, em exames feitos fora de competição, com intervalo mínimo de 21 dias.


Essa é uma determinação da World Athletics, órgão que rege as diretrizes do atletismo internacionalmente, e os testes surpresa precisariam ter sido feitos no intervalo entre setembro do ano passado e o último dia 4 julho, para que eles estivessem aptos a serem convocados para os Jogos.

- A guerra não acabou ainda - disse Hygor em vídeo publicado em suas redes sociais.


Segundo o presidente da CBAt, Wlamir Motta Campos, durante live realizada para anunciar os convocados, a entidade recorreu à World Athletics para que fosse feita uma exceção aos atletas. Diante do retorno negativo, a CBAt entraria com um recurso junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, para tentar a liberação do trio.


No entanto, uma apelação ao CAS leva cerca de 6 meses para ser julgada. As Olimpíadas começam no próximo dia 26. Então, a questão será submetida à CAS AdHoc Division, que funciona dentro dos Jogos e que costuma julgar os casos em até 72 horas.


- Estou acionando o CAS para reverter essa injustiça praticada pela AIU/WA (Athletics Integrity Unit) contra os atletas Lívia, Max e Hygor. A própria AIU/WA poderia tê-los testado fora de competição, mas não o fez. Qual é a culpa dos atletas por não terem sido suficientemente testados fora de competição? Eles não podem se testar. Se eles não têm culpa alguma, como podem ser excluídos sumariamente dos Jogos Olímpicos, para os quais se classificaram idoneamente nas pistas? - explica o advogado Marcelo Franklin, especialista em direito desportivo e doping no Brasil, e que chega a Paris também nesta semana.

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