Campeã Olímpica Adenízia aprova sequência de Zé Roberto na Seleção

O técnico José Roberto Guimarães vai seguir no comando da seleção feminina de vôlei até os Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. 

Aos 70 anos, o tricampeão olímpico completou duas décadas no cargo neste ano. A permanência dele não é unanimidade, mas agradou jogadoras que estiveram sob a batuta dele com a amarelinha, como a campeã olímpica Adenízia.

Ouro em Londres-2012, a central de 37 anos afirmou ao ge que não se surpreendeu com a renovação do contrato do treinador e disse acreditar que é a melhor escolha para o futuro da seleção.

— Para mim não é surpresa, porque o Zé Roberto construiu uma história maravilhosa dentro do vôlei, tanto em clubes, quanto na seleção. Ele é muito competente. O Zé Roberto respira voleibol, mais do que fica com a família.

"A gente tem outros a treinadores no Brasil, mas hoje ele é a pessoa, é a pessoa mais certa para estar na frente da seleção", continuou.

Após os Jogos Olímpicos de Paris, em que conquistou o bronze com o Brasil, José Roberto despistou sobre o futuro e disse não saber se seguiria ou não no cargo. A confirmação só saiu na quinta-feira, com o anúncio da Confederação Brasileira de Vôlei de que ele e Bernardinho seguem no comando das seleções feminina e masculina até 2028.

Para Adenízia, um dos motivos que pode ter feito José Roberto continuar disposto a treinar o time é a oportunidade de treinar uma nova geração de jogadoras, que tem dado sinais promissores de bons resultados no futuro. Nomes como a oposta Helena, de 2 metros de altura, e as centrais Luzia e Júlia Kudiess estão entre os destaques.

— Ele se sente motivado estando ali, ainda mais com essa geração nova que está chegando. É uma geração promissora, com meninas de quase dois metros. A gente nunca teve uma seleção tão alta, então eu acho que ele está muito mais motivado por isso também de comandar essa nova geração.

No anúncio da renovação, Zé Roberto confirmou estar motivado e confiante para o novo ciclo olímpico, o sexto dele à frente da seleção feminina.

— Temos uma geração alta, talentosa e que vai trabalhar bastante para conseguir os resultados. A minha relação com a base é forte e vamos buscar uma formação técnica com ainda mais qualidade nos fundamentos. O voleibol está muito equilibrado, mas temos material humano para seguirmos entre os melhores do mundo — disse o treinador.