O Brasil abriu 85,1 mil vagas formais de trabalho em outubro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quinta-feira (27) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O número é fruto de 2,27 milhões de contratações e 2,18 milhões de demissões.
Os dados representam uma queda de 35% em relação a outubro do ano passado, quando foram criados cerca de 131,6 mil empregos com carteira assinada.
Esse é o pior resultado para um mês de outubro registrado desde o início do novo Caged, em 2020, quando novas formas de coleta e integração de dados foram incorporadas.
No acumulado do ano foram criados 1,8 milhão de empregos.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, justificou o resultado do mês pela alta na taxa básica de juros, hoje em 15% ao ano.
Venho chamando atenção desde maio, para a necessidade do BC, que tem e responsabilidade de monitoramento, que era preciso olhar com atenção, que a economia ia entrar num processo de desaceleração. Isso que tem inibido o ritmo de investimento’, disse.
O salário médio de admissão foi de R$ 2.304,31. Dos postos de trabalho criados, 67,7% são considerados típicos e 32,3% não típicos.
Apenas dois dos cinco principais grupos de trabalho registraram saldo positivo em outubro.
A fila foi puxada por serviços, com 82 mil postos criados, seguido por comércio (25,6 mil).
Construção (-2,9 mil), agropecuária (-9,9 mil) e indústria (-10 mil), registraram saldos negativos.
Em outubro, 21 das 27 unidades da federação registraram um saldo positivo, com destaque para São Paulo (18,4 mil), Distrito Federal (15,4 mil) e Pernambuco (10,6 mil).
Minas Gerais, com 4,8 mil demissões, e Goiás, com 2,3 mil desligamentos, foram os estados com menor saldo.
As demissões no agro aconteceram, principalmente, nos setores do cultivo de alho, cana-de-açúcar, e laranja.
Na indústria, as demissões aconteceram, principalmente, no setor de fabricação de açúcar bruto. (Com CNN)
