Quase 7 mil eleitores voltam às urnas neste domingo (6) para escolher quem vai comandar a Prefeitura de Bandeirantes e seu vice pelos próximos anos.
A eleição suplementar se tornou necessária depois que o candidato mais votado no pleito de 2024, Álvaro Urt (PSDB), foi considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), decisão que anulou os 38% de votos obtidos por ele.
A votação ocorre das 7h às 16h nos mesmos locais utilizados na eleição regular, e a apuração terá início imediatamente no cartório da 34ª Zona Eleitoral, localizado na rua Arthur Bernardes, 2215, região central da cidade.
Os resultados poderão ser acompanhados em tempo real no site e no aplicativo Resultados, disponibilizados pela Justiça Eleitoral.
Ao todo, 6.948 eleitores estão aptos a votar, segundo o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). A estrutura montada para o pleito inclui 23 urnas de seção, 10 de contingência e 5 reservas. Também foram convocados 92 mesários, além de 36 colaboradores terceirizados, como motoristas e auxiliares, além de servidores do próprio TRE.
Para votar, o eleitor precisa levar documento oficial com foto ou, se preferir, utilizar o aplicativo e-Título (com foto habilitada).
Conforme calendário do TRE, o novo prefeito e o vice eleitos tomarão posse no dia 1º de agosto. Até lá, a Prefeitura de Bandeirantes continua sob o comando interino do presidente da Câmara Municipal, Marcelo Abdo (PP).
As chamadas eleições suplementares são convocadas para preencher cargos em que o vencedor anterior teve a candidatura barrada ou cassada, como explica o ex-juiz do TRE, Elton Luis Nasser:
"Essas eleições acontecem porque os candidatos eleitos tiveram a inelegibilidade reconhecida pela Justiça Eleitoral, determinando novo pleito para garantir que a população não fique sem prefeito ou prefeita", afirmou, segundo reportagem do G1.
O secretário judiciário do TRE-MS, Marcos Rafael Coelho, acrescentou que a organização de uma eleição suplementar envolve custos e mobilização de equipes, mas os valores exatos só poderão ser conhecidos após a conclusão do processo.
Moradores da cidade destacam a importância de participar, mesmo em uma eleição fora de época. “Por mais que o povo esteja desanimado, é preciso exercer o direito de votar e decidir o futuro da nossa cidade”, disse o funcionário público Valdinei Porto.
Entenda o caso
Álvaro Urt, que venceu a eleição de 2024 com 38% dos votos, concorreu amparado por uma liminar do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Entretanto, o TSE considerou que a medida foi concedida após o primeiro turno e, portanto, não poderia validar sua candidatura.
Em 2020, Álvaro já havia sido cassado pela Câmara Municipal e declarado inelegível por oito anos, mas conseguiu disputar a eleição daquele ano sub judice. Apesar de vencer, não pôde tomar posse pela mesma razão de inelegibilidade.
“Nós tivemos uma decisão superveniente ao registro de candidatura, mas ela só ocorreu depois do primeiro turno, e a legislação diz que isso deve acontecer até o primeiro turno”, destacou o ministro do TSE André Mendonça ao julgar o caso.