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Municípios

Desastres deixaram rombo de R$ 732 bilhões nos cofres dos municípios

Levantamento da CNM mostra que 95% das cidades sofreram com enchentes, secas e deslizamentos, deixando mais de 6 milhões de desabrigados e um rombo bilionário nas contas públicas

Conjuntura Online
07/11/25 às 09h28
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Desastres naturais impactam nas cidades brasileiras. (Foto: Reprodução)

Um levantamento da CNM (Confederação Nacional de Municípios) acendeu o alerta vermelho: 95% das cidades brasileiras foram atingidas por algum tipo de desastre natural nos últimos 11 anos, acumulando R$ 732,2 bilhões em prejuízos.

Enchentes, secas, tempestades e deslizamentos devastaram comunidades, destruíram casas e obrigaram mais de 6 milhões de pessoas a deixarem seus lares.

O estudo, divulgado na quinta-feira (6), mostra um retrato preocupante: as prefeituras estão despreparadas para enfrentar tragédias cada vez mais frequentes.

Foram mais de 70 mil decretos de emergência ou calamidade pública entre 2013 e 2024 — quase uma crise por dia em algum canto do país.

“O Brasil vive um ciclo de desastres sem estrutura adequada para reagir. Falta articulação entre União, Estados e Municípios. É urgente fortalecer as defesas civis locais”, alertou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.

Falta de estrutura e dinheiro

O estudo revela que apenas 12% dos municípios têm um órgão específico para Defesa Civil. Na maioria, a função é acumulada com outros setores da prefeitura, e 43% das cidades têm até três servidores cuidando da área.

O problema se agrava com a falta de recursos: 70% das prefeituras gastam menos de R$ 50 mil por mês com ações de prevenção e resposta a desastres, valor insuficiente até para manter equipes equipadas. Quase dois terços (67%) dizem precisar de ajuda financeira para agir antes que as tragédias aconteçam.

Sem plano e sem fundo

Além da carência de pessoal e estrutura, 40% das cidades sequer destinam verba específica para a Defesa Civil na LOA (Lei Orçamentária Anual), e 65% ainda não criaram um fundo municipal para emergências. Apenas 15% participam de consórcios regionais que poderiam reforçar o trabalho de prevenção e socorro.

O cenário, segundo a CNM, escancara a fragilidade da gestão de riscos no país — e mostra que, enquanto as tragédias se repetem, falta investimento e sobra improviso.

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