O leilão da PPP (Parceria Público-Privada) do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) foi concluído com sucesso na quinta-feira (4), na sede da B3, em São Paulo.
Com deságio de 22% frente ao valor de referência de R$ 20,3 milhões, a Construcap CCPS Engenharia e Comércio venceu o certame ao apresentar proposta de R$ 15.909.279, superando outras quatro concorrentes no pregão.
A empresa assumirá a gestão dos serviços não assistenciais do HRMS pelos próximos 30 anos, trazendo o know-how adquirido na operação de três hospitais do Estado de São Paulo e em grandes obras, como a reforma do Estádio Mineirão para a Copa de 2014 e a construção de trechos do metrô de São Paulo.
O valor total previsto para investimentos ao longo das três décadas chega a R$ 8,3 bilhões, sendo ao menos R$ 7,3 bilhões destinados à operação — que envolve salários, manutenção, compra de insumos e serviços gerais — e R$ 966 milhões para reformas e ampliações da estrutura física, abrindo novas vagas e qualificando o atendimento.
Durante o evento, o governador Eduardo Riedel destacou que o Estado busca soluções inovadoras para acompanhar seu crescimento acelerado.
“O Brasil precisa de soluções e quem deve buscá-las é o Poder Público. Estamos quebrando esse paradigma. Houve muito comprometimento de nossa equipe para chegar ao dia de hoje. Acredito muito que esse modelo, de uma PPP de cunho social, vai entregar qualidade superior à existente hoje. O Estado está crescendo cada vez mais rápido e esses avanços em áreas como a saúde se fazem urgentes”, afirmou o governador antes de bater o martelo na B3.
Contrato
Com o resultado homologado, a Construcap terá 60 dias para assinar o contrato com o Governo de Mato Grosso do Sul. O cronograma prevê dois anos para a conclusão das obras de expansão e outros dois anos para a reforma das estruturas já existentes.
O Hospital Regional continuará público, com atendimento 100% gratuito pelo SUS, enquanto a concessionária ficará responsável por serviços como recepção, limpeza, vigilância, manutenção predial, engenharia clínica, lavanderia, nutrição, logística, farmácia, transporte, arquivo médico, gases medicinais, entre outros.
A PPP também vai permitir uma modernização completa da estrutura hospitalar, com a construção de novos blocos e ampliação de 60% da capacidade atual, resultando em 577 leitos. Os atendimentos anuais subirão de 30 mil para 42 mil, e o número de internações mensais quase dobrará, passando de 1.400 para 2.760 pacientes.
