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Esportes

Polícia de MT acha R$ 500 mil em dinheiro desviado de jogadores 

Investigação revela golpe milionário contra atletas de clubes da elite nacional, como Gabigol e Kanneman

Conjuntura Online
24/06/25 às 13h49
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Apreensão de dinheiro vivo na "Operação Falso 9" em Cuiabá (Foto: Divulgação PJC)

A Polícia Civil de Mato Grosso apreendeu nesta terça-feira (24) cerca de R$ 500 mil em dinheiro vivo, escondidos dentro de uma caixa de papelão, durante a Operação "Falso 9", que investiga um esquema nacional de desvio de salários de jogadores da Série A do Campeonato Brasileiro.

A ação aconteceu na região metropolitana de Cuiabá e faz parte da segunda fase da operação.

Segundo a Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Mato Grosso, o valor estava em uma residência no bairro São Sebastião, usado pelos suspeitos para movimentar o dinheiro obtido de forma ilícita. Além da quantia apreendida, equipamentos eletrônicos e documentos também foram recolhidos para análise. O morador da casa tem 28 anos e era alvo de prisão e busca e apreensão.

O grupo criminoso, segundo as investigações, atuava de maneira sofisticada: com uso de documentos falsificados de jogadores conhecidos, como Gabigol (ex-Flamengo e atualmente no Cruzeiro) e Kannemann (Grêmio), eles abriam contas bancárias em nome dos atletas.

Assim que os clubes realizavam os pagamentos mensais dos salários, os golpistas interceptavam parte dos valores e faziam transferências para contas controladas por eles. O zagueiro gremista recuperou o valor. O atacante do Cruzeiro não se manifestou.

A investigação começou, segundo o delegado Thiago Lima, da PCPR, após o banco alvo da fraude perceber as movimentações suspeitas em nome dos jogadores e denunciar o caso. O nome da instituição não foi oficialmente divulgado.

Os casos começaram a acontecer em agosto de 2024. Só da conta do Gabigol, foram desviados mais de R$ 800 mil, de Kannemann, R$ 400 mil, segundo o delegado.

Até o momento, pelo menos cinco pessoas foram identificadas como integrantes da quadrilha, com suspeitas de que o esquema possa ter ramificações em outros estados. As investigações continuam, com análise de transações financeiras e monitoramento de possíveis cúmplices.

O caso chamou atenção no meio esportivo nacional pela ousadia dos criminosos e pelo fato de envolver diretamente jogadores da elite do futebol brasileiro.

As autoridades ressaltaram que, apesar da apreensão do dinheiro em Cuiabá, o esquema possui alcance nacional e novas diligências devem ser realizadas nos próximos dias.

O esquema

Conforme a PCPR, o grupo teria falsificado documentos para abrir contas bancárias em nome dos dois jogadores, Gabigol e Kannemann. Depois, os criminosos faziam pedido de portabilidade dos salários, que passavam a cair nas contas abertas e controladas pelos golpistas.

A polícia apontou que, assim que os recursos eram transferidos para as contas, os golpistas rapidamente executavam diversas transações, além de saques e compras, para pulverizar os o dinheiro e dificultar a recuperação.

Segundo investigação, o montante desviado ultrapassa R$ 1 milhão, dos quais R$ 135 mil foram recuperados e bloqueados preventivamente. Após a detecção da fraude, a instituição financeira corrigiu imediatamente a vulnerabilidade e ressarciu as vítimas, que não tinham conhecimento do golpe, e identificaram, ainda, que, entre os criminosos beneficiários identificados, estão pessoas jurídicas com sede em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO), além de indivíduos, que receberam, juntos, mais de R$ 287 mil.

De acordo com a polícia, as ordens de prisão são por crimes de estelionato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. (Com ge Cuiabá)

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