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Política

PSD se afasta de Lula com indefinição sobre reforma ministerial

Até então visto como um dos partidos do Centrão mais alinhados ao governo Lula, PSD se mostra insatisfeito com atual partilha da Esplanada

Conjuntura Online
18/04/25 às 14h28
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Presidente Lula (PT) pode perder o apoio do PSD. (Foto: Breno Esaki/Metrópoles)

Com o retorno da movimentação política em Brasília na próxima semana, após o recesso dos feriados da Paixão e de Tiradentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá pela frente uma série de pendências a resolver — e uma das mais sensíveis é o incômodo do PSD com seu espaço no governo.

O partido, segundo o portal Metrópoles,  esperava ser contemplado com o Ministério do Turismo, hoje nas mãos do União Brasil, e agora sua bancada de deputados quer distanciamento do Planalto.

O PSD de Gilberto Kassab se tornou o partido com o maior número de prefeitos após as eleições municipais de 2024, tendo o comando de 887 municípios, incluindo cinco capitais. A legenda tem a maior bancada do Senado, com 15 cadeiras.

Na Câmara, a sigla ocupa 44 cadeiras, sendo a sexta maior, empatada com o MDB. Por isso, se tornou peça-chave para a governabilidade de Lula no Congresso.

É justamente entre os deputados do PSD que reside a insatisfação com a postura de Lula. A bancada se considera mais leal que outras siglas do Centrão, e reclama que conta apenas com o Ministério da Pesca, uma pasta considerada com baixa “capilaridade”. A legenda tem ainda dois ministérios, Minas e Energia e também Agricultura, eles atendem aos senadores do partido.

O jargão político traduz a capacidade de uma ação ou posição política se converter em votos. Na avaliação de deputados do PSD, o União Brasil da Câmara tem uma bancada com mais bolsonaristas e que entrega menos votos ao governo, enquanto mantém representantes no Ministério das Comunicações e também no Ministério do Turismo.

Quando Juscelino Filho estava prestes a deixar o Ministério das Comunicações, após ser alvo de uma denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) por suposto desvio de emendas parlamentares, o PSD viu uma oportunidade. Especulou-se que o Planalto poderia deslocar Celso Sabino do Turismo para Comunicações, liberando uma pasta do União Brasil. Isso não ocorreu, e Lula manteve as duas pastas sob o comando do seu partido original.

Agora, parlamentares do PSD passaram a defender uma nova postura diante do governo. Se antes tinham uma predisposição com pautas enviadas pelo Planalto, agora se dizem desobrigados a fazer gestos à Presidência. O recado, nos bastidores, é que sem um ministério forte para apoiá-los, os deputados buscarão meios próprios, inclusive se aliando com adversários do PT, para garantir a reeleição e a expansão da bancada.

Segundo fontes do Planalto, a reforma ministerial se tornou um “não assunto”. A única mudança tida como certa é a posse do deputado Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações. Uma mudança no comando do Ministério de Ciência e Tecnologia para agradar o Centrão não é descartada, mas a complexa operação, que deslocaria a ministra Luciana Santos para o Minsitério das Mulheres, deixando Cida Gonçalves sem pasta, esfriou.

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