Os presidentes das CREs (Comissões de Relações Exteriores) dos parlamentos iniciam hoje (terça-feira, 3), o 11º Fórum Parlamentar do Brics, em Brasília.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do senado, Nelsinho Trad (PSD-MS), disse que serão debatidas as estratégias de fortalecimento do fórum de articulação político-diplomática e cooperação do “sul global”, a partir do âmbito do comércio, dos investimentos e das finanças.
Participam representantes de 10 dos 11 países membros do grupo: Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul, Etiópia, Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito e Indonésia, último país a ingressar no fórum.
Também estarão presentes à reunião membros de países parceiros como Belarus, Bolívia e Cuba. Depois de acompanhar ontem (2) os preparativos finais no Congresso Nacional para a recepção dos 150 parlamentares de países membros e parceiros do Brics, o senador sul-mato-grossense afirmou que existe uma preocupação geral no sentido de estreitar os entendimentos em busca de soluções comuns.
Para isso, haverá três sessões de trabalho: uma para o tema ‘Fortalecendo o comércio do Brics no atual cenário internacional’; outra sobre ‘Promoção de investimentos e transferência de tecnologia para o desenvolvimento sustentável’; e a terceira, ‘Instrumentos financeiros para um Brics mais resiliente e sustentável’.
Nelsinho Trad destacou a expectativa de que os debates avancem com propostas que fortaleçam o comércio, os investimentos e os instrumentos financeiros entre os países.
Centro-Oeste
“O Parlamento brasileiro quer estar no centro do debate em torno de um novo equilíbrio global”, enfatizou. “O Fórum é oportunidade para discutir o uso de meios de pagamento e moedas locais, a redução de barreiras comerciais e a troca de tecnologia, além de cobrar que o Banco do Brics financie mais projetos com impacto direto na vida das pessoas”, salientou.
Ele frisou que o Brasil deve continuar construindo pontes com o mundo todo, com equilíbrio e foco em resultados. O Brics, ressaltou, tem um “papel fundamental na construção de uma nova ordem internacional, mais multipolar, inclusiva e cooperativa”. Nelsinho Trad considera que o encontro é histórico e pode marcar um avanço importante na cooperação interparlamentar entre os países.
Articulação internacional
Ao analisar as perspectivas que um encontro de tal magnitude abre para Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad opina que uma articulação internacional ajuda a abrir portas para fomentar e estabelecer vários ganhos.
Ele cita, por exemplo, vender mais os produtos do Brasil no exterior; usar moedas locais nas trocas comerciais, sem depender tanto do dólar; atrair investimentos em obras de infraestrutura, como estradas, energia e conectividade; e conquistar apoio para projetos que melhorem a vida de quem vive no Estado.