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Política

Motta é alvo de deputados bolsonaristas após proibir reuniões das comissões  

As reuniões, convocadas por parlamentares da oposição, seriam usadas para defender Jair Bolsonaro e atacar Alexandre de Moraes

Conjuntura Online
22/07/25 às 15h07
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Hugo Motta em sessão na Câmara para votar projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)

A decisão do presidente da Câmara do Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de proibir o funcionamento de comissões durante o recesso informal gerou reações de parlamentares bolsonaristas.

Nas redes, nomes como os deputados Nikolas Ferreira (PL), Mauricio Marcon (Podemos) e Carlos Jordy (PL) criticaram a medida. Já representantes do governo, como os deputados Lindbergh Farias (PT) e Rogério Correia (PT) defenderam a proibição.

Hugo Motta publicou nesta manhã um ato em que proíbe a convocação de comissões da Casa até o dia 1 de agosto, o que impedirá a realização de sessões planejadas pela base bolsonarista para defender Jair Bolsonaro.

O recesso parlamentar informal está previsto até esta data. O retorno das atividades parlamentares ocorrerá na segunda, dia 4 de agosto.

Nesta terça-feira, deputados bolsonaristas de oposição convocaram sessões das comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores, como forma de protesto contra as decisões de medidas cautelares do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Reações

Após a decisão de Motta, o deputado Nikolas Ferreira usou o X para publicar uma indireta:

" Pra impedir parlamentar de falar é sempre tudo muito rápido", escreveu.

Já Mauricio Marcon subiu o tom na crítica e chegou a dizer que Hugo Motta teria se aliado a "ditadores", sem explicitar quem seriam.

Também no X, a deputada Julia Zanatta (PL) escreveu que sua assessora "quase desmaiou", porque Hugo Motta não teria permitido "nem ligar o ar-condicionado da sala de reunião da comissão".

O deputado Carlos Jordy (PL) classificou a proibição como um "absurdo total"

Governistas denunciam reunião a força

Mesmo após a proibição, parte dos deputados chegou a abrir painel e marcar presença na sessão da Comissão de Segurança, que seria realizada nesta terça (22). Alguns parlamentares tentaram aprovar “moção de aplauso para Bolsonaro”, afirmou a deputada federal Duda Salabert (PL) em sua conta no X. Ela informou que entraria com um pedido de suspensão de seus mandatos na Comissão de Ética caso insistissem em "desobedecer a ordem do presidente Hugo Motta".

O deputado Rogério Marinho (PT) chamou os bolsonaristas de "golpistas"

O governista Lindbergh disse que a "extrema-direita quer transformar o Parlamento num circo de horrores".

Entenda o recesso

"O presidente da Câmara dos Deputados, no uso de suas atribuições regimentais, resolve: Fica vedada, no período de 22 de julho a 1o de agosto de 2025, a realização de reuniões de comissões da Câmara dos Deputados. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação", afirma a publicação de Hugo Motta na manhã desta terça (22).

O recesso parlamentar deste ano é informal, já que o regimento interno da Casa prevê que é necessária a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) para que o recesso seja formalizado. A LDO só deve ser analisada no retorno das atividades parlamentares.

Jair Bolsonaro esteve na Câmara nesta segunda-feira (21), se reuniu com apoiadores, exibiu sua tornozeleira eletrônica e deu uma declaração à imprensa. Alexandre de Moraes havia proibido manifestações do ex-presidente nas redes sociais.

A oposição na Câmara dos Deputados e do Senado também listaram pautas que vão considerar prioritárias a partir de agora, após o presidente ser obrigado a usar tornozeleira eletrônica.

Segundo o líder do PL, Sostenes Cavalcante (RJ), os apoiadores de Bolsonaro irão pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto que anistia presos e condenados no 8 de janeiro de 2023, a Proposta de Emenda à Constituição que altera as regras para fora privilegiado, permitindo que processos como o de Jair Bolsonaro tramite na justiça comum e não no STF. (Com O Globo)

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