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Política

Alcolumbre e Motta viram alvo do PT, que teme prejuízo à reeleição de Lula

Diante da alta na luz e de cortes em programas sociais, PT pretende resgatar projetos com apelo popular para pressionar Congresso

Conjuntura Online
30/06/25 às 08h50
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PT vê Alcolumbre e Motta sufocando reeleição de Lula (Foto: Reprodução)

Os caciques do PT consideram que a derrubada do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foi patrocinada pelos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), para deliberadamente sufocar o governo e dificultar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A sigla, segundo reportagem do portal Metrópoles, vê na judicialização um caminho sem volta, e avisou nos bastidores que o Planalto não terá medo de partir para o embate na opinião pública.

Segundo a cúpula petista, a partir do momento em que os chefes do Congresso derrubam uma medida que afetará programas importantes do governo sem aviso ou explicação clara dos motivos, trata-se de uma ofensiva.

A sigla não engoliu a explicação, extraoficial, de que Alcolumbre articulou a derrubada do IOF para pressionar Lula a demitir o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por causa da briga por cargos em agências reguladoras.

Como mostrou o Metrópoles, na véspera de pautar o projeto que derruba o IOF, Motta conversou com um interlocutor do presidente Lula. O presidente da Câmara elencou suas insatisfações, com destaque à campanha do Planalto para esclarecer que uma eventual alta na conta de luz seria culpa do Congresso, que derrubou vetos que encarecem a energia no país. Segundo fontes palacianas, Motta terminou a chamada sem avisar que pautaria o IOF.

Os caciques do PT consideram que, sem explicações claras, resta ao governo se preparar para o embate, algo que o presidente tentou evitar até o momento neste seu terceiro mandato. Segundo um interlocutor, Lula não está com medo e demonstrou irritação com a derrubada sem precedentes no Congresso. Lembram que, nem nos momentos mais tensos com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), o Legislativo quebrou acordos e impôs derrota surpresa ao Executivo.

De acordo com os interlocutores do presidente Lula, não há o que se conversar por enquanto com Motta e Alcolumbre. Nas palavras de um interlocutor, para recompor a relação, é preciso reconstituir a correlação de forças. Não se senta à mesa para negociar em posição de desvantagem, ressaltam os articuladores políticos.

Nesse sentido, o PT pretende capitanear no Congresso e nas redes a retomada de debates, em separado, de temas que consideram ter apoio popular e que já constam na medida provisória (MP) enviada para compensar o recuo inicial no reajuste do IOF. Querem campanhas para assuntos como: taxação dos mais ricos; maior tributação das bets; e alta na energia bancada pelo Centrão.

Para os caciques do governo, Lula não poderia recuar diante de invasão de competências. Eles consideram que o reajuste do IOF é uma prerrogativa do Poder Executivo e, por isso, não poderia ser derrubada via Projeto de Decreto Legislativo (PDL). Para o PT, se o Planalto recuasse nesse ponto, o próximo passo seria delegar ao Congresso o papel de governar.

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