A história do aumento no salário da prefeita Adriane Lopes (PP) ganhou mais um capítulo. A ideia era subir o valor de R$ 21,2 mil para R$ 35,4 mil, o que também beneficiaria outros 474 servidores com salários congelados há anos.
De acordo com reportagem do portal Voz MS, tudo já estava combinado entre a Câmara Municipal e a prefeitura para que o projeto fosse votado nesta terça-feira (15). Mas, de última hora, Adriane voltou atrás e deixou os aliados de surpresa.
Segundo ela, só agora soube que o impacto do reajuste na folha de pagamento seria alto demais: R$ 67,5 milhões já no ano que vem. Com isso, disse que não dá pra bancar o aumento todo de uma vez.
A nova proposta da prefeita é dividir o reajuste em partes, com subidas de 16,75% por ano até 2028, quando termina seu mandato. Em vez de um aumento único, o ganho seria escalonado, aliviando as contas da prefeitura.
Briga na Justiça não termina
A confusão sobre o aumento no salário da prefeita Adriane Lopes vem se arrastando desde fevereiro. Tudo começou quando o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul derrubou a Lei 7.005/2023, depois que a própria prefeita entrou na Justiça contra a medida.
Logo depois, a Câmara aprovou uma nova lei, a 7.006, em 28 de fevereiro, tentando manter o reajuste. Mas Adriane voltou a acionar a Justiça alegando que, mais uma vez, os vereadores não mostraram de onde sairia o dinheiro pra bancar o aumento. O Tribunal deu razão a ela e suspendeu a nova regra também.
Tentativa de acordo
Pra tentar resolver o impasse, o Ministério Público chamou a prefeita e os vereadores pra conversar e propôs um acordo. Com um novo estudo financeiro feito pela Secretaria de Receita, as partes chegaram a um entendimento.
Ficou combinado que o salário da prefeita subiria para R$ 35,4 mil — saindo dos atuais R$ 21,2 mil. Isso também abriria espaço pra aumentar o salário de 474 servidores, entre médicos, professores, fiscais, procuradores, dentistas e aposentados, que hoje estão com os vencimentos defasados.