A segunda edição do Festival Curta Campo Grande será realizada de 11 a 15 de novembro, com a exibição de 58 filmes selecionados em diferentes espaços culturais da capital, incluindo a Casa de Cultura, administrada pela Prefeitura Municipal.
Os filmes que integram as mostras competitivas Curta Brasil, Curta MS e Curta Doc superam os 43 títulos exibidos na edição anterior.
Este ano, o festival recebeu um número recorde de 1.187 inscrições, vindas de todas as regiões do país, consolidando Campo Grande como um dos principais polos de valorização do curta-metragem no Brasil.
Neste ano, o Festival Curta Campo Grande homenageia o cineasta Cândido Alberto da Fonseca, pioneiro do audiovisual sul-mato-grossense e referência na cultura local. Entre suas obras, será exibido o curta Conceição dos Bugres (1980), considerado patrimônio histórico.
De acordo com os curadores, o crescimento da participação e a diversidade regional refletem o fortalecimento do setor audiovisual, impulsionado por políticas públicas de incentivo à cultura.
“Esta expansão representa um passo de maturidade do festival. Ao ampliar o número de filmes em competição e criar uma mostra dedicada ao documentário, abrimos espaço para mais vozes, formatos e territórios – do ensaio ao observacional, do arquivo às narrativas híbridas”, afirma Carol Dória, coordenadora de comunicação e curadora das mostras nacionais.
Política Nacional Aldir Blanc
O festival conta com recursos da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), do Governo Federal, via Ministério da Cultura, com execução da Prefeitura de Campo Grande, por meio da Fundac(Fundação Municipal de Cultura). A iniciativa também tem apoio do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundtur e da Setesc.
A produção local também ganhou destaque nesta edição: o número de filmes sul-mato-grossenses selecionados passou de 6 para 10. As mostras Curta Brasil, Curta MS e Curta Doc concorrem ao Troféu Tuiuiú, em 12 categorias, incluindo melhor curta de ficção, documentário, direção, roteiro, atuação, fotografia, montagem, arte e som.
Todas as regiões brasileiras estão representadas na programação, em uma curadoria que priorizou a diversidade de olhares, com atenção especial a mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e cineastas de periferias.
“Buscamos diversidade de perspectivas, força cinematográfica e diálogo com o território. Valorizamos temas urgentes tratados com ética e escuta, além de obras que ressoam com Campo Grande e o Centro-Oeste”, destaca Carol Dória.
Para o curador e crítico de cinema Ricardo Cota, o festival tem papel estratégico no fortalecimento do audiovisual fora dos grandes centros.“O curta-metragem, que já foi chamado de ‘nosso pequeno milagre brasileiro’, mostra a força do audiovisual e a riqueza do país inteiro”.