Quem anda pelo Centro de Campo Grande já tropeçou mentalmente — ou de verdade — naquela bagunça de fios pendurados nos postes. Tem cabo sobrando, cabo partido, cabo sem dono… uma verdadeira salada elétrica que deixa a cidade feia, perigosa e com cara de gambiarra eterna. Pois essa história vai começar a mudar.
A partir das 22h do dia 26 de novembro, a Prefeitura, a AGEMS e a Energisa vão colocar o bloco na rua (ou melhor, nos postes) para uma grande varredura.
A missão: arrancar fios clandestinos, soltos e abandonados que se acumulam há anos no quadrilátero central formado pela Mato Grosso, 13 de Maio, Afonso Pena, Calógeras e as ruas internas mais movimentadas.
A operação faz parte do Projeto Rede Limpa, um esforço coletivo para dar fim ao “estica e puxa” das telecoms, que foram pendurando cabos sem regularizar, sem identificar e sem pensar muito no visual — ou na segurança — da cidade.
Força-tarefa estilo mutirão
Um grupo de trabalho juntando AGEMS, Agetran, Semades, Defesa Civil, SEAR, Energisa e outros órgãos vai coordenar tudo: desde o mapeamento dos cabos até a logística noturna para não travar o trânsito.
A Energisa entra com o “serviço pesado”: retirar os fios clandestinos e tudo que estiver pendurado sem identificação. O que estiver certinho, com etiqueta, fica.
O secretário Darci Caldo lembra que o problema é velho e irrita muita gente:
“Os fios soltos trazem risco pra motoqueiro, pra pedestre, favorecem furtos e deixam o Centro com cara de abandono — justo agora no período natalino.”
O secretário Ademar Silva Junior reforça que a limpeza atende a pedidos antigos dos comerciantes:
“Há anos todo mundo pede isso. Vamos começar por esse quadrilátero estratégico e, se der certo, levamos para o resto do Centro. Se algum empresário tiver problema no serviço após a retirada, basta nos avisar que resolvemos.”
Depois da limpeza, nada de voltar a bagunça
A ideia não é só dar uma arrumada e largar pra lá. Depois, haverá rondas para impedir novos “gatos” e garantir que a rede não volte a virar uma maçaroca de cabos. O objetivo final é transformar isso em um modelo permanente e expandir para outros bairros — e até para outras cidades do Estado.
Campo Grande quer um Centro mais bonito, seguro e organizado. E, dessa vez, parece que o fio da meada foi encontrado.
