Após confirmar dois casos de leishmaniose visceral humana em janeiro e fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde de Ponta Porã iniciou uma campanha de orientação para alertar a população sobre os riscos da doença, que pode ser fatal se não diagnosticada e tratada precocemente.
Em parceria com o CIEVS Fronteira (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) e o setor de Vigilância em Saúde, foram elaborados materiais educativos explicando o que é a leishmaniose, seus sintomas, a importância do tratamento e as principais formas de prevenção.
A doença, uma zoonose crônica, é transmitida pela picada do mosquito-palha infectado, também conhecido como asa-dura ou birigui, que adquire o protozoário Leishmania chagasi ao picar cães ou outros animais doentes. Os principais sintomas incluem febre prolongada, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza e anemia.
O diagnóstico pode ser feito por exames imunológicos e parasitológicos. O tratamento, oferecido gratuitamente pelo SUS, é mais eficaz quando iniciado logo nos primeiros sintomas, reduzindo o risco de complicações e morte.
Como os cães são os principais hospedeiros na área urbana, a limpeza dos quintais é essencial para prevenir a doença. É importante eliminar matéria orgânica em decomposição, fezes de animais e entulhos que favorecem a proliferação do mosquito.
A correta destinação do lixo e a higiene dos abrigos de animais também são medidas fundamentais de combate.