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'Ter caixa d’água é obrigação por lei e evita transtornos durante manutenções'

Madson Valente alerta que 15% da população de Dourados ainda não tem caixa d’água e explica que variações de pressão podem causar rompimentos na rede

Conjuntura Online
20/10/25 às 16h53
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O diretor Comercial e de Operações da Sanesul, Madson Valente.

O diretor Comercial e de Operações da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), Madson Valente, fez um importante alerta aos consumidores durante entrevista recente em Dourados, chamando a atenção para a necessidade de cada residência possuir um reservatório de água, conforme, segundo ele, determina o Marco Regulatório do Saneamento Básico e as normas técnicas brasileiras.

Madson explicou que a “água constante” — ou seja, o abastecimento ininterrupto — não é uma realidade nem mesmo nas grandes cidades do Brasil, e que a presença de caixa d’água é fundamental para garantir autonomia durante eventuais manutenções na rede.

“Água constante não é uma grande realidade nas grandes cidades do Brasil. Em São Paulo, por exemplo, o abastecimento ocorre apenas duas ou três vezes por semana, o que exige capacidade de reservação. O sistema não opera de forma ininterrupta”, destacou, observando que na capital paulista há um rodízio no fornecimento do produto.

Segundo ele, cerca de 15% da população de Dourados ainda não possui caixa d’água, o que contraria a legislação vigente.

“O Marco Regulatório exige que o cliente tenha reservação em casa. Isso é lei e também uma orientação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nenhum sistema é pleno. Assim como um carro precisa de revisão e um celular precisa ser carregado, o sistema de abastecimento também requer manutenção”, explicou o diretor.

Manutenções rápidas e estrutura de rede extensa

Madson Valente ressaltou que a Sanesul realiza manutenções preventivas e corretivas com rapidez, e que o tempo médio de restabelecimento do abastecimento é de até três horas.

“O cliente só fica sem água quando há necessidade de manutenção, seja preventiva ou corretiva. Às vezes, a rede estoura e é preciso fechar o setor para o conserto. Se o consumidor tiver caixa d’água, nem percebe que a Sanesul esteve por ali; se não tiver, sente o efeito imediatamente”, afirmou.

Ele também destacou a dimensão e complexidade das redes operadas pela Sanesul em Mato Grosso do Sul, que exigem monitoramento e intervenções constantes.

“Para se ter uma ideia, de rede de água temos uma distância equivalente de Dourados até Vitória, no Espírito Santo. De rede de esgoto, a distância seria até São Paulo. Somando as duas, é como se fosse daqui até Manaus. São redes imensas, e a cada seis metros há pontos suscetíveis a rompimentos e transientes hidráulicos (mudança brusca na velocidade ou pressão da água dentro do cano) que provocam vazamentos e ajustes necessários”, explicou.

Orientação ao consumidor

O diretor reforçou que o ideal é que cada residência tenha reservatório mínimo de 500 litros, quantidade suficiente para suprir o consumo durante manutenções pontuais.

“Com 500 litros, a família não sente o impacto da interrupção temporária. O sistema é eficiente, mas, como todo equipamento, precisa de revisão e cuidado”, concluiu Madson Valente.

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