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Substitutivo ao projeto de Pollon prevê novas penalidades a invasores de terra

Aprovado pela CCJ, o projeto está sendo analisado em regime de urgência e pode ser votado a qualquer momento pelo Plenário da Câmara. 

26/04/2024 - 10h54

De Brasília 

Deputado Marcos Pollon (Pl-MS) (Foto: Agência Câmara)

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara dos Deputados aprovou por 38 votos a 8 projeto de lei que estabelece restrições e impedimentos para invasores e ocupantes ilegais de propriedades rurais e urbanas. 


O texto aprovado foi o substitutivo do deputado Ricardo Salles (PL-SP) ao Projeto de Lei 709/23, do deputado Marcos Pollon (PL-MS). Ele aproveitou o conteúdo de outras propostas que tramitavam anexadas à original.


De acordo com o texto aprovado, segundo a Agência Câmara, quem praticar o crime de invasão de domicílio ou de esbulho possessório (invadir, com violência à pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio), fica proibido de:


contratar com o poder público em todos os âmbitos federativos;

inscrever-se em concursos públicos ou processos seletivos para a nomeação em cargos, empregos ou funções públicos;

ser nomeado em cargos públicos comissionados e

receber auxílios, benefícios e demais programas do governo federal.


A proibição, nos casos mencionados, é por oito anos, contados do trânsito em julgado da condenação. 

Caso o condenado já receba auxílios, benefícios e programas sociais do governo, tenha contratos com o poder público federal, cargo público efetivo ou comissionado, ele deverá ser desvinculado compulsoriamente, respeitados o contraditório e a ampla defesa.


Ricardo Salles acolheu sugestões de colegas e modificou o texto para acrescentar que equiparam-se aos alvos das regras aqueles que invadirem terreno público ou privado para tentar forçar a realização de reforma agrária ou demarcação de terras indígenas.


"É inaceitável que indivíduos que desrespeitam a ordem jurídica e promovem invasões ilegais sejam beneficiados por programas assistenciais financiados pelo governo, pois isso implicaria em um incentivo à perpetuação dessas condutas delituosas” afirma Salles.


“Além disso, as invasões de propriedades particulares acarretam prejuízos não apenas aos proprietários, mas também à economia e à segurança jurídica do País” defende o relator da proposta.


O deputado Patrus Ananias (PT-MG) disse que o projeto “afronta princípios constitucionais e o ordenamento jurídico, acrescentando penas inaceitáveis às pessoas condenadas nesses casos”. 


“Com a aprovação da proposta, as condenações atingiriam também os familiares do condenado”, acredita o parlamentar. 


Já o deputado Zucco (PL-RS) disse que “as penas são brandas”. “Se é para propor a reforma agrária, que se faça dentro da lei. Mas é importante punir invasores identificados. Eles não podem ter cargo público, não podem receber programas assistenciais, como o Bolsa Família”, argumentou. 


O projeto está sendo analisado em regime de urgência e pode ser votado a qualquer momento pelo Plenário da Câmara. 

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