Um homem de 31 anos foi preso em flagrante nesta sexta-feira (16) em Campo Grande, acusado de tocar um esquema de falsificação de whisky a partir de uma distribuidora clandestina instalada dentro de casa.
A bebida adulterada, segundo reportagem do G1, era colocada em garrafas de marcas renomadas e comercializada como original em casas de shows da Capital e também no interior do Estado.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito chegava a produzir 72 garrafas falsificadas por dia entre segunda e quinta-feira.
Nos fins de semana, o ritmo acelerava, com até 200 unidades vendidas por dia. Ao todo, o volume semanal chegava a 888 garrafas adulteradas, movimentando aproximadamente R$ 20 mil.
As garrafas traziam selos falsificados semelhantes aos da Receita Federal, etiquetas supostamente importadas do Paraguai e informações em língua estrangeira, em desacordo com as exigências legais brasileiras. A polícia investiga agora a origem dos selos e demais materiais usados para forjar a aparência de legalidade.
Durante o cumprimento do mandado de busca, os agentes apreenderam uma série de objetos utilizados na fraude, além de bens de alto valor adquiridos com o lucro da atividade criminosa. Entre os itens estavam:
551 selos falsos de controle fiscal
87 garrafas cheias com rótulos de whisky importado
21 garrafas vazias de bebidas importadas
47 garrafas vazias de whisky nacional
4 garrafas PET com líquidos usados para alterar sabor e aroma
Lacres, rótulos e tampas de marcas conhecidas
Soprador térmico para retirada de rótulos originais
116 dosadores de bebidas
Pulseiras de ouro, relógios de grife, um carro de luxo e uma moto de alta cilindrada
O caso segue sob investigação para identificar possíveis cúmplices e o destino final das bebidas falsificadas. A polícia também vai apurar se o material colocado nas garrafas representa risco à saúde dos consumidores.