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Funcionários da Petrobras anunciam nova greve de advertência 

Petroleiros alegam ainda falta de diálogo para alterar a política de remuneração variável dos empregados

Conjuntura Online
15/05/25 às 13h07
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Edifício sede da Petrobras, no Centro do Rio (Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo)

A Federação Única dos Petroleiros e a FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) anunciaram, na manhã desta quinta-feira, a realização de uma nova greve de advertência nas unidades da Petrobras.

A paralisação está marcada para os dias 29 e 30 de maio. O pleito é um protesto contra a estagnação nas negociações com a empresa, que está tentando mudar o processo de teletrabalho, além da falta de diálogo para alterar a política de remuneração variável dos empregados.

Segundo os petroleiros, a decisão foi tomada em reunião conjunta realizada ontem. Desde março, os funcionários vêm realizando greves de advertência de 24 horas.

De acordo com as entidades, a medida é uma resposta direta à ausência de avanços no diálogo com a direção da Petrobras. As federações também alertam para a política de cortes de custos implementada pela companhia.

Na última terça-feira, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que é hora de "apertar os cintos" por conta da baixa no preço do petróleo no mercado internacional. Segundo a FUP e a FNP, há uma "incoerência" na gestão da estatal, que, ao mesmo tempo em que anunciou um lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2025 e a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos aos acionistas, tem defendido medidas de austeridade interna.

Outro ponto destacado pelas entidades é a preocupação com as condições de segurança nas unidades operacionais da Petrobras. Elas denunciam a prática de subnotificação de acidentes, como o ocorrido recentemente na plataforma Cherne 1, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e exigem maior transparência e rigor na gestão da segurança dos trabalhadores.

Por isso, FUP e FNP preparam uma contraproposta unificada, que será apresentada à direção da estatal com todas as demandas. Na próxima semana, assembleias serão realizadas em todas as unidades da empresa para formalizar a rejeição da proposta atual apresentada pela Petrobras, já amplamente criticada pela categoria.

A proposta de teletrabalho da Petrobras prevê modelo híbrido, com até dois dias de trabalho remoto por semana, para o período de 2025 a 2027. Segundo a Petrobras, o empregado deve, necessariamente, realizar pelo menos um dos dias presenciais na segunda-feira ou na sexta-feira.

Entre as novas flexibilizações indicadas pela Petrobras na semana passada, está a autorização de até três dias de teletrabalho para gestantes, responsáveis por crianças pequenas e empregados que residem a mais de 150 quilômetros do local de trabalho.

Entenda as reivindicações:
Defesa do teletrabalho com regras negociadas coletivamente
Oposição à redução da remuneração variável
Recomposição do efetivo de pessoal
Busca por mais segurança no Sistema Petrobras.
Criação de um plano de cargos e salários justo e isonômico para todos
Fim dos equacionamentos da Petros, o fundo de pensão da Petrobras
Melhorias nas condições de segurança durante a manutenção e operação da Fafen PR (fábrica de fertilizantes do Paraná).

(Com O Globo)

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