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Fraude milionária em MS leva à prisão ex-coordenador da Apae por desvio de recursos para ostomizados

Além da prisão, a Operação Occulto cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Camapuã.

Conjuntura Online
10/03/25 às 14h18
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Operação investiga desvios de R$ 8.066.745,25 da Apae (Foto: reprodução)

Um ex-coordenador da Apae foi preso sob suspeita de envolvimento em um esquema milionário que desviou cerca de R$ 8 milhões destinados ao atendimento de pacientes ostomizados em Mato Grosso do Sul.

A investigação, segundo o portal de notícias G1, aponta que os recursos, que deveriam ser utilizados para garantir assistência e insumos essenciais, foram indevidamente apropriados.

A operação que levou à prisão do suspeito faz parte de um desdobramento das autoridades no combate a fraudes envolvendo verbas da saúde.

A investigação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) revelou que, desde o ano de 2021, Paulo e outros investigados, se utilizavam de empresas de fachada para simular vendas para a rede pública de saúde. Os valores eram repassados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) para tratamento de pacientes ostomizados.

Além da prisão de Paulo Muleta, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Camapuã. A reportagem apurou que os mandados foram cumpridos em residências e em um ponto comercial.

Ainda segundo o MPMS, a investigação revelou que o grupo criminoso cometeu diversos crimes de lavagem de dinheiro, sendo que os investigados passaram a ocultar o destino do valor desviado dos cofres públicos. O g1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

O ex-coordenador foi afastado de suas funções em novembro de 2023, quando também foi citado em uma outra operação que apurava desvio de verbas públicas. Muleta foi denunciado pelo crime de corrupção passiva. A denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário em junho de 2024.

O nome da operação, Occulto, faz referência às ações para ocultar o dinheiro desviado, e considera também o pedido de cidadania italiana feito pelo ex-coordenador da Apae, com pretensões de deixar o país.

O g1 procurou a Apae para mais esclarecimentos sobre a operação, mas não obteve retorno até a última atualização dessa reportagem.

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