O Tribunal do Júri de Campo Grande condenou Diego Pires de Souza, de 37 anos, a 31 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato da mãe, Mariza Pires, de 66.
O crime aconteceu em dezembro de 2024 e foi julgado na quarta-feira (20), quando o réu admitiu diante dos jurados ter cometido o feminicídio.
Durante o depoimento, Diego afirmou que havia deixado recentemente uma clínica de reabilitação e que voltou a usar cocaína pouco antes de atacar a mãe com golpes de pá.
Ele disse não se recordar de todos os detalhes e relatou que só percebeu a gravidade da situação quando a polícia chegou ao local.
A confissão, porém, não foi suficiente para amenizar a pena, já que o Ministério Público destacou a crueldade do crime e as contradições na versão apresentada.
O irmão de Diego, ouvido no processo, contestou o relato e afirmou não acreditar que o crime tenha sido motivado pelo uso de drogas, mas sim por uma discussão familiar.
A tragédia ocorreu na casa da vítima, no bairro Parque Residencial União, em Campo Grande. Após a agressão, o acusado tentou simular um acidente, dizendo a vizinhos que a mãe havia caído.
O Samu, acionado para socorro, verificou que os ferimentos eram incompatíveis com a justificativa. Uma câmera de segurança ainda registrou o momento em que ele descartava a pá usada no crime.
Preso desde então pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Diego foi julgado sob a nova legislação que ampliou a pena para feminicídios, de 20 a 40 anos. Com a sentença, cumprirá pena em regime fechado.