A polícia prendeu os pais da bebê, que vão responder por negligência e homicídio culposo após retirarem a filha da UPA sem autorização médica três dias antes da morte.
Segundo a Polícia Civil, os pais procuraram o Corpo de Bombeiros pela manhã, e a bebê foi levada à UPA do bairro Universitário, mas, mesmo com as tentativas de reanimação, ela não resistiu.
A Polícia Militar, segundo reportagem do G1, foi acionada e deu início às investigações na residência da família, no bairro Tijuca, onde peritos encontraram o imóvel em situação precária, com muita sujeira e desordem.
O laudo apontou que a bebê morreu por insuficiência respiratória causada por broncopneumonia.
Atendimento anterior
Conforme o prontuário médico hospitalar da vítima, na sexta-feira (11), a criança já havia apresentado dificuldades respiratórias e foi levada pelos pais a uma unidade de saúde.
De acordo com registros repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, às 15h01 a bebê recebeu classificação de risco amarelo, o que indica necessidade de atendimento em tempo oportuno, mas sem risco iminente de morte.
O primeiro atendimento médico, feito às 15h08, apontou diagnóstico de bronquiolite. Às 15h20, a criança recebeu medicação no leito de observação e foi submetida a um exame de raio-X.
Mais tarde, às 18h57, aconteceu uma nova reavaliação médica, e o protocolo de medicação foi mantido. Já às 20h26, equipe percebeu que a família teria deixado a unidade por conta própria, antes de terminar o tratamento e sem liberação médica.
Desde então, a menina não foi mais levada a nenhuma unidade de saúde e permaneceu em casa até esta segunda-feira (14), quando já chegou morta no Corpo de Bombeiros.