Adversário do Palmeiras nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes, o Chelsea avança ao mata-mata com uma novidade em seu elenco: o atacante brasileiro João Pedro, que oficializou contrato de sete anos na terça-feira.
Foi contratado por cerca de 55 milhões de libras, além de bônus por metas, está nos Estados Unidos e pode enfrentar o Alviverde na competição.
Caso seja utilizado, aliás, será o segundo embate com o Palmeiras. O primeiro aconteceu na 16ª rodada do Brasileiro de 2019, quando atuou por 90 minutos na derrota do Fluminense por 3 a 0 para o Verdão.
Entre as curiosidades de sua carreira, João Pedro revelou que chegou a jogar lesionado no Brasil e ganhou 10 kg durante a pandemia da Covid-19, auxiliando-o na adaptação ao futebol inglês.
João Pedro surgiu no Fluminense, formado nas Laranjeiras, e está atuando na Inglaterra desde a temporada 2019/2020, inicialmente vendido ao Watford e em seguida ao Brighton.
É possível se deparar com o rosto do atacante também na seleção brasileira, chegando a aparecer em convocações de Fernando Diniz e Dorival Júnior antes da chegada de Carlo Ancelotti, que fez sua primeira chamada, em maio, sem o atleta.
Ele é natural de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e foi para o Rio de Janeiro aos 10 anos, avistado por um olheiro do Fluminense enquanto jogava um torneio de volante, porque era a única vaga aberta no time na ocasião. Foi o ex-técnico Marcelo Veiga, conhecido como "Pai dos Moleques de Xerém" e que morreu de Covid-19 na pandemia, que o modificou para a posição de centroavante.
Fez 29 gols em 35 partidas no Sub-17 de 2018, e 10 em 37 na sua primeira temporada como profissional.
– Jogava até lesionado na época, tomando injeção no tornozelo. Me machuquei no treino e tive que voltar antes, porque tinha uma parada que cada minutagem que fizesse o Fluminense ganhava dinheiro. Cheguei lá (na Inglaterra) com uma lesão crônica – contou João Pedro, em entrevista ao Charla Podcast, em agosto de 2024.
– Eu sentia o tornozelo duro. Com a injeção ficava melhor, mas acabou o jogo... esquece. Eu quis também, queria ajudar o Fluminense, clube que me deu tudo. Hoje em dia não faço mais isso. Antes era moleque, mas agora não dá mais – completou.
Era uma época em que também precisava ganhar minutos em campo pela liberação para atuar na Inglaterra, uma vez que estava desde outubro de 2018 negociado para o Watford. Conseguiu a marca e transferiu-se no início de 2020, mas parou logo depois por conta da pandemia da Covid-19.
– Eu saí daqui pesando 69kg e agora estou com quase 80kg. O que me ajudou foi a quarentena porque ficava em casa, comecei a malhar também, depois que fui voltar a treinar, ficou tudo mais fácil. Comecei a entender a parte física como era importante, fiquei mais rápido, mais forte – explicou, ao Charla Podcast.
O Watford, porém, caiu ao fim daquela temporada, em que João Pedro fez apenas cinco jogos. Diz que até recebeu proposta de empréstimo para outras Ligas, mas queria fazer carreira na Premier League, então permaneceu no clube, subindo como vice-líder, atrás do Norwich City, no ano seguinte.
A chance no Brighton chegou em 2023, quando fez sua melhor temporada, com 20 gols em 40 jogos, saíram mais 10 em 30 na seguinte e agora a transferência ao Chelsea, que tem nos últimos anos investido principalmente em jovens talentos com potencial de evolução e poder de revenda.
João Pedro pode atuar como centroavante, segundo atacante e meia-atacante, agora com a chance de estrear na inédita Copa do Mundo de Clubes. (Com ge)
