A FA (Federação Inglesa) anunciou nesta sexta-feira que uma Comissão Reguladora Independente aplicou uma advertência e um aviso de conduta futura ao meia Lucas Paquetá, do West Ham, por duas violações comprovadas da Regra F3 — que exige cooperação total com as investigações da entidade.
Em julho deste ano, o jogador foi inocentado por fraudes em apostas esportivas, mas punido por omissão em investigação.
De acordo com a decisão, o jogador se recusou a responder a perguntas da FA em duas entrevistas, alegando seguir orientação jurídica. Embora tenha negado as acusações de falta de colaboração, o painel concluiu que as violações foram comprovadas.
Na análise do caso, a comissão ressaltou que Paquetá agiu sob conselho de advogados indicados pelo clube, que tem conhecimento limitado de inglês e que posteriormente forneceu um depoimento detalhado e entregou seus aparelhos eletrônicos antes mesmo de ser formalmente acusado — o que, segundo os julgadores, não prejudicou a investigação.
Diante dessas “circunstâncias excepcionais”, o órgão decidiu substituir uma possível multa por uma advertência formal, considerando também o impacto emocional e financeiro do processo, que teria custado centenas de milhares de libras em honorários jurídicos ao jogador.
A decisão também determinou que 90% dos custos da comissão sejam pagos pela FA, e 10% por Paquetá, reconhecendo que a maior parte do processo se concentrou nas acusações de manipulação de apostas — todas rejeitadas em agosto.
Com isso, o brasileiro não receberá suspensão nem multa financeira, encerrando o caso disciplinar que se arrastava desde 2023 e que havia afetado, segundo o documento, uma possível transferência para o Manchester City. A reportagem procurou o atletas, que ainda não se posicionou sobre. O espaço segue em aberto. (Com O Globo)
