Filho do goleiro Bruno e de Eliza Samudio, o jogador de futebol Bruninho Samudio, de 15 anos, viaja para a Europa pela primeira vez para disputar um torneio na Alemanha com o sub-15 do Botafogo, time do qual é goleiro titular.
Apesar de sempre ter sonhado em jogar na Europa, Bruninho não imaginava que a realidade pudesse estar tão perto.
Consciente da importância de conquistar um título internacional, o jovem teve a oportunidade de jogar no Uruguai neste ano, e agora se sente mais preparado para buscar uma oportunidade fora do Brasil.
“Isso faz muito bem para nosso desenvolvimento, tanto como atleta quanto como pessoa, pois é sempre bom visitar e conhecer novas culturas”, disse o atleta ao Extra.
Bruninho chama atenção dentro e fora de campo devido à altura de 1m92 e 92 kg. Para os torcedores do Botafogo, o garoto já é “a nossa futura muralha”. Entre os companheiros do time, o foco é no resultado.
"Nós, que somos atletas, sempre pensamos em ir para fora. E ter essa oportunidade cedo é algo muito importante, ainda mais vestindo uma camisa gigante como a do Botafogo", avalia ele, que começou em uma escolinha de futebol em Campo Grande (MS).
Longe da avó
“Aquele esforço meu, e que minha avó fez por mim, valeram a pena”, conta. Além de ser a primeira vez na Europa, Bruninho também ficará longe da avó, Sônia Maria, pela primeira vez.
Ela mora no Rio, e é mãe de Eliza Samudio. A despedida do neto foi emocionada. "Eu consegui me despedir dele no estádio, mas aqui em casa eu chorei, né? Porque, além de abençoá-lo e dizer o quanto estou orgulhosa, por toda a sua trajetória e história, vejo o ele está construindo por ser um menino bom, sabe", contou ao Extra.
Bruno viajou na noite de quarta-feira, 3, para Frankfurt. Maduro, ele encarou a separação da avó de forma positiva.
“É algo novo, porém, tanto eu quanto ela sabíamos que esse momento chegaria. Nossa vida de atleta de alto rendimento requer certos esforços e sacrifícios, e esse esforço de ficar longe das pessoas que nós mais amamos está incluído nesse pacote! Não é fácil, mas é preciso, pois tenho um objetivo em minha carreira e estou trabalhando para alcançá-lo. E minha avó me dá todo o suporte necessário para que eu possa conquistar esse sonho de criança. Ela entende que a vida de quem quer ser atleta é assim. Precisamos abrir mão de certas coisas para chegar até o topo. Foi assim com todos que chegaram e comigo não será diferente". (Com Portal Terra)
