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Esportes

Absolvição no caso 'Ninho do Urubu' provoca revolta nas redes sociais

A decisão da Justiça do Rio inocentou sete réus pelo incêndio que matou dez jovens do Flamengo em 2019

Conjuntura Online
22/10/25 às 10h51
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O local atingido pelo incêndio no Ninho do Urubu, em 2019, que matou dez atletas da base do Flamengo (Foto: Pablo Jacob/O GLOBO)

A decisão da Justiça do Rio de Janeiro de absolver os sete réus restantes do processo sobre o incêndio no Ninho do Urubu, que matou dez jovens das categorias de base do Flamengo em 2019, gerou uma onda de críticas e manifestações nas redes sociais nesta terça-feira.

A sentença, assinada pelo juiz Tiago Fernandes de Barros, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital, apontou “ausência de demonstração de culpa penalmente relevante” e “impossibilidade de estabelecer um nexo causal seguro entre as condutas individuais e a ignição”.

Nas manifestações, alguns comentários viralizaram: "Em qual lugar do mundo NINGUÉM seria responsabilizado por uma tragédia como aquela?", disse um. Outro escreveu que "O ano era 2019. 10 crianças perderam suas vidas, 7 réus foram julgados. Em 2025, todos foram absolvidos. Justiça é o que menos temos no Brasil".

As publicações também lembraram que os dez adolescentes morreram em contêineres usados como alojamento, em um centro de treinamento sem alvará de funcionamento. Também houve críticas ao Flamengo e manifestações em homenagem aos jovens mortos no incêndio.

Segundo o Uol, a lista de réus possui:
01- Márcio Garotti - Diretor financeiro do Flamengo entre 2017 e 2020
02- Marcelo Maia de Sá - diretor adjunto de patrimônio do Flamengo
03- Danilo Duarte - engenheiro responsável técnico da NHJ, empresa de contêineres
04- Fabio Hilário da Silva - engenheiro responsável técnico da NHJ, empresa de contêineres
05- Weslley Gimenes - engenheiro responsável técnico da NHJ, empresa de contêineres
06- Claudia Pereira Rodrigues - responsável pela assinatura dos contratos da NHJ.
07- Edson Colman - Sócio da Colman Refrigeração, que realizava manutenção nos aparelhos de ar-condicionado
08- Eles respondiam pelos crimes de incêndio culposo qualificado com resultado de morte de dez pessoas e lesão corporal grave em outras três.

Relembre o caso

Em 2019, um incêndio de grandes proporções matou dez jovens e deixou três feridos no Ninho de Urubu — centro de treinamento do Flamengo —, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio. Os mortos foram os atletas da base do clube: Athila Paixão (14 anos), Arthur Vinícius (14), Bernardo Pisetta (14), Christian Esmério (15), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo Santos (15), Pablo Henrique (14), Rykelmo de Souza (16), Samuel Thomas Rosa (15) e Vitor Isaías (15).

Os jovens dormiam em um contêiner, uma instalação provisória, quando o fogo começou. Segundo a investigação, o incêndio teve início após um curto-circuito em um ar-condicionado que ficava ligado 24 horas por dia no local, e o fogo se alastrou devido ao material do contêiner. Na época, o Ninho do Urubu não tinha alvará de funcionamento, segundo a Prefeitura do Rio. (Com O Globo)

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