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Atlético e Botafogo fazem final de SAFs que já investiram mais de R$ 1 bilhão

Entre aportes financeiros, estádio próprio e contratações, finalistas da Liberta têm investimento bilionário 

29/11/2024 - 07h58

Buenos Aires (ARG)

Com ge

Rubens Menin, dono da SAF do Atlético-MG, e John Textor, dono da SAF do Botafogo (Foto: Divulgação)

Atlético-MG e Botafogo fazem no sábado, às 17h (de Brasília), no Mâs Monumental, na Argentina, a grande final da Conmebol Libertadores. A decisão reúne dois times recém transformados em SAFs (Sociedade Anônima do Futebol), as primeiras que atingem a tal estágio. O caminho até lá é o resultado de investimento bilionário.


O Galo se transformou em clube empresa no ano passado, quando teve aprovação da compra das ações pelos 4R's (Ruben e Rafael Menin, Renato Salvador, e Ricardo Guimarães), empresários donos do clube.


O aporte inicial foi de R$ 913 milhões, mas já passou por novos investimentos e modificações nas divisões entre os sócios. Um novo nome ganhou força com um aporte de R$ 200 milhões neste ano, com Daniel Vorcaro se transformando no segundo maior acionista do clube.


A SAF do Galo se denomina "SAF caseira" por ser feita por torcedores do clube que se tornaram donos. Apesar de ter um conglomerado de donos denominado de Galo Holding, uma figura se destaca como maior acionista: Rubens Menin.


O empresário mineiro é dono de um conglomerado e empresas em diversos setores. Fundador do Banco Inter, da MRV Engenharia, e dono da CNN Brasil e Rádio Itatiaia. Tem sido um grande apoiador e parceiro do Galo nos últimos anos, mesmo antes de se tornar sono com a SAF. Já emprestava dinheiro e fazia investimentos no clube do coração.


Pioneiro


O Botafogo foi um dos entusiastas da Lei da SAF e um dos primeiros clubes a adotar o modelo de negócios na elite do futebol brasileiro. John Textor comprou 90% das ações da sociedade anônima em março de 2022 com aporte de R$ 400 milhões.


Ao longo destes dois anos e oito meses, os investimentos feitos foram acima do previsto em contrato. Só nesta temporada foram gastos mais de R$ 300 milhões em aquisição de jogadores. Tudo isso usando o capital da Eagle Holding, multinacional da qual é dono e controla os clubes que detém: Botafogo, Lyon (FRA), Crystal Palace (ING) e Molenbeek (BEL).


O americano é um empresário com negócios ligados à mídia. Foi executivo da Digital Domain, empresa de efeitos especiais que trabalhou em diversos filmes. Ele comprou sua participação no Crystal Palace em agosto de 2021 por 103 milhões de euros.


Meses depois de acertar a aquisição do Botafogo, fechou a compra de 80% do Molenbeek. O último a se juntar à holding foi o Lyon, comprado em dezembro de 2022 por cerca de 800 milhões de euros (R$ 4,4 bilhões na cotação da época).


Textor ainda tentou se tornar acionista do Benfica e do Everton, mas perdeu a concorrência em ambos clubes. Hoje ele tenta negociar a parte que possui do Palace, único dos quatro clubes em que não é sócio majoritário.


O empresário começou sua carreira como programador. Depois da Digital Domain, ele fundou e foi executivo principal da fuboTV, empresa de streaming baseada nos EUA com foco em distribuição esportiva e entretenimento em geral. O IPO (lançamento de ações) da fuboTV na Bolsa de Nova York gerou uma avaliação de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões) em outubro de 2020.


A revista Forbes classificou Textor em 2016 como “guru da realidade virtual de Hollywood”. Ele é conhecido por defender o casamento da mídia com tecnologia. Segundo o empresário, um de seus principais objetivos é diversificar receitas nos clubes.

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