Com paisagens únicas e estratégias certeiras de promoção, Mato Grosso do Sul emplacou um salto de 11,7% no faturamento turístico entre janeiro e março deste ano, ficando entre os seis estados que mais cresceram no setor em todo o país.
O dado é da FecomercioSP, com base no IBGE, e coloca o Estado como destaque em um cenário dominado por destinos de praia e grandes centros urbanos.
Enquanto o turismo brasileiro movimentou R$ 55,4 bilhões no período — superando o recorde de 2024 —, MS se destacou por seguir em rota ascendente mesmo sem grandes eventos de massa ou litoral.
O segredo, segundo o diretor-presidente da Fundtur, Bruno Wendling, está no foco bem definido. “Trabalhamos com turismo de nicho, como o de aventura e a pesca esportiva. Mesmo sem um Carnaval forte ou praias, fomos o sexto que mais cresceu. É o reflexo de um trabalho de promoção e apoio à comercialização feito nos últimos anos”, afirmou.
Bonito, Pantanal e Serra da Bodoquena continuam como os principais motores, mas o Estado também começa a colher frutos da ampliação da malha aérea, da infraestrutura e da aposta em eventos regionais, que ajudam a aquecer a economia de cidades menores.
O crescimento no setor de alojamento, que teve alta de 20,2% em março, e o avanço no transporte aéreo, com 8,7% a mais em movimentação, reforçam esse novo momento. O turismo em MS também ganhou tração com a procura por destinos mais acessíveis, diante da disparada nos preços de passagens e hospedagens no Brasil.
Além dos atrativos naturais, o Estado tem se beneficiado da descentralização do turismo, que abre espaço para cidades menos óbvias se tornarem polos receptivos. O impacto vai além das paisagens: cresce o número de empregos, surgem oportunidades para pequenos negócios e a economia gira em múltiplas frentes — da gastronomia às atividades culturais e esportivas.