As irmãs de Deolane Bezerra, Dayanne e Daniele, afirmaram nesta segunda-feira, 9, que a Justiça emitiu a decisão que possibilita ela deixar o Colônia Penal Feminina de Pernambuco, no bairro de Iputinga, zona Oeste do Recife. A matriarca da família, Solange Bezerra, entretanto, ainda deve permanecer no presídio.
"Estamos indo buscar a Deolane agora, lá na penitenciária do Bom Pastor, saiu a decisão agora da Justiça, porém, só deram prisão domiciliar e minha mãe vai continuar lá, o que é um absurdo, eu espero o apoio de vocês na internet, nas ruas, minha mãe está correndo risco de morrer lá dentro, a gente já mostrou laudos, já avisou e eles estão mantendo ela lá sem ter feito nada, é desumano, é ensurdecedor o silêncio desse país", disse Daniele Bezerra, em vídeos compartilhados a partir do recurso stories do Instagram.
Dayanne, por sua vez, complementou o discurso de sua irmã, tecendo mais críticas ao Estado.
"Meu povo, estamos indo para a porta do presídio. Saiu a decisão a Deolane foi liberada, mas minha mãe não. É um prisão injusta e arbitrária. Precisamos de vocês lá, quem puder ir para lá nos ajudar, vamos sair com a Deolane, mas precisamos mais do que nunca da força de vocês apra tirar minha mãe de la, ela é inocente e não tem nada que justifique essa prisão. Enquanto minha mãe está presa tem um monte de investigado milionário solto por aí. O que está acontecendo Brasil, o que é isso?", disse Dayanne, em vídeos compartilhados no perfil do Instagram de Deolane Bezerra.
A advogada e influenciadora digital foi presa na última quarta-feira, 4, em uma operação da Polícia Civil contra uma organização criminosa suspeita de praticar lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A prisão ocorreu no bairro de Boa Viagem, no Recife (PE). Além dela, sua mãe, Solange Bezerra, também foi detida.
As investigações foram iniciadas em abril de 2023, com o objetivo de identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática de jogos ilegais e lavagem de dinheiro, e resultaram na Operação de Repressão Qualificada Integration, deflagrada na última semana.
Ao ser questionada pelo Terra, a Polícia Civil se restringiu a informar que foram expedidos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, cumpridos no Recife (PE), Campina Grande (PB), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO) e Barueri (SP). Além disso, as autoridades informaram que foi decretado o bloqueio de bens, como imóveis, carros de luxo, aeronaves e embarcações. Mais de R$ 2,1 bilhões de ativos foram bloqueados. O valor exorbitante corresponde a somatória do patrimônio de todos os investigados pela operação e não apenas de Deolane, como vem sendo veiculado.
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