Após oscilar em alta na abertura, o dólar perdeu força ante o real e passou a registrar leve queda nesta manhã de quinta-feira, cotado abaixo dos R$ 5,40, na esteira da divulgação de novos dados de inflação e emprego nos Estados Unidos.
Às 10h24, o dólar à vista cedia 0,26%, a R$ 5,3942 na venda.
No mesmo horário, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,14%, a 142.441,46 pontos.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em agosto, após aumentar 0,2% em julho.
Nos 12 meses até agosto, o indicador avançou 2,9%, o maior aumento desde janeiro, após ter subido 2,7% em julho. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 0,3% no mês e 2,9% em 12 meses.
Já os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 263 mil na semana passada, acima da expectativa de 235 mil em pesquisa da Reuters.
Após a divulgação dos números, ambos às 9h30, o dólar perdeu força ante as demais divisas, tendo chegado a oscilar em leve baixa ante o real.
No mercado de títulos norte-americanos, o rendimento dos Treasuries de dois anos -- que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo -- caía 2 pontos-base após a divulgação dos números, que não alteraram neste primeiro momento a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve na próxima semana.
O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,16%, a 97,628.
Também na abertura desta quinta-feira, o BCE (Banco Central Europeu) manteve sua taxa de referência em 2% ao ano, pela segunda reunião consecutiva, como esperado pelo mercado.
No Brasil, com efeitos reduzidos sobre o câmbio, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que as vendas no varejo caíram 0,3% em julho ante junho, em linha com o esperado.
Investidores seguirão atentos ainda, durante a tarde, à retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
O placar atual é de 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro, faltando ainda dois ministros do STF para votar: Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. A maioria pela condenação estará formada se pelo menos um dos dois votar contra o ex-presidente.
No mercado, o receio principal é de que a condenação gere novas medidas de retaliação dos Estados Unidos contra o Brasil.
Na quarta-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,53%, aos R$ 5,4071.
O Banco Central fará às 11h30 leilão de até 40.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de outubro de 2025. (Com CNN)