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Eleições: boas molduras não salvam quadros ruins

03/06/2024 - 16h26

DE FORA: O ex-ministro Mandetta ( foto) até discursou no evento recente de Rose Modesto. Apesar de seus 92.401votos (20,08%) obtidos para o senado na capital, ele está fora destas eleições. Morando no Rio de Janeiro e atuando numa grande empresa do setor de saúde, a política não consta de seu projeto de vida. Saiu - perdeu o espaço.


COMPLEMENTO: Na coluna anterior falamos do poder eleitoral e político de Campo Grande, lembrando que vários de seus ex-prefeitos chegaram ao senado. Principalmente ao leitor jovem e àquele que chegou ao MS após a sua criação, vamos enumerar os ex-prefeitos que viraram senadores. As datas se referem ao período no Senado.


VESPASIANO B. Martins: prefeito duas vezes, deputado federal, senador de 1935 a 1937 e de 1946 a 1955. Fernando Corrêa da Costa: senador de 1959 a 1961 e de 1967 a 1975. Wilson B. Martins: de 15 de março de 1987 a 1º de janeiro de 1955. Antônio M. Canale: Deixou a prefeitura em 1973 e se elegeu senador em 1975; no cargo até 1983.


LEVY DIAS:  Senador de 1º de fevereiro de 1991 a 1º de fevereiro de 1999 após 3 mandatos na Câmara Federal e antes prefeito da capital. Marcelo Miranda: prefeito eleito de 1977 a junho de 1979 quando foi nomeado governador. Virou senador em 1982. Lúdio Coelho: exerceu todo o mandato de senador entre 1995 a 2003.


JUVÊNCIO C. da Fonseca: Ex-prefeito eleito senador, seu mandato foi de 1999 a 2007. Nelsinho Trad: Nas eleições de 2018 foi o último dos ex-prefeitos eleitos ao Senado. Pelos nomes e datas a relação envolve também o período anterior a criação de MS. Apesar de Cuiabá ser a capital do MT, Campo Grande já era importante no contexto político.


NO FACEBOOK: Após 27 anos a fala do ex-ministro Roberto Campos ainda é atual sobre a postura antiempresarial do Governo. Campos dizia lá atrás: “dos vários ‘arios’ que temos por aí; o missionário, o operário e o funcionário - o empresário é o mais importante. ” Em 2023 dois milhões de empresas fecharam no país; aumento de 25% em relação a 2022.


FUTEBOL: A conivência por interesses imperou ao longo dos anos em que Francisco Cesário mandou em nosso futebol. Extensão do esquema da CBF, desde J. Havelange,  Ricardo Teixeira, José Marin e outros de igual perfil. Parte da grana de patrocinadores e de outras fontes usada para bancar os gastos da entidade e ‘amansar’ presidentes de clubes e outros dirigentes com direitos a voto na federação.  


E AGORA?  A classe política e outros segmentos não podem se omitir diante do quadro. O indicado pela CBF para a presidência possui os predicados necessários? Só a convivência dele com Cesário já motiva suspeitas. Tem o perfil que o cargo exige? Basta! A Federação não pode continuar sendo propriedade de apaniguados do Cesário.


COMPARANDO:  A ascensão do time de Cuiabá aumentou o questionamento do campo-grandense: Porque os cuiabanos podem e nós não? Felizmente agora com o GAECO no caso, aumentam as esperanças de que os ocupantes da federação deixem seus cargos e sob nova direção, prevaleçam os reais interesses do futebol.


JOESLEY BATISTA-1: (Entrevista em 2017 ao jornalista Diego Escosteguy da revista Época) ) “O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção. Houve essa criação de núcleos com divisão de tarefas entre os integrantes, em estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES. O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos


JOESLEY BATISTA-2: “(Guido Mantega) Resolvia. Então pronto. Para que ter outro? Não estou protegendo ninguém, mas só posso falar do que fiz e do que posso provar. Não estou entregando pessoas. Entreguei provas aos procuradores. E o PT tinha o maior saldo de propina. O que posso fazer se a interlocução era com o Guido?”


DÚVIDAS: Elas superam a certeza sobre a decisão da Petrobras quanto a Unidade de Fertilizantes Hidrogenados em Três Lagoas. Será concluída ou vira sucata de vez? Se aquela visita do ex-presidente da Petrobras preocupou, essa troca da presidência da empresa é uma ducha fria. Nem mais uma palavra da ministra Simone Tebet sobre o caso. Sei não...


OPINIÃO: Sobre a escolha do companheiro (a) de chapa, o pré-candidato Beto Pereira (PSDB) lembra que os critérios são relativos nesta hora. Não há preconceitos quanto ao perfil, raça, cor, posição social e religião. Ele citou vários exemplos de vices em chapas vitoriosas e diz estar aberto para troca de opiniões. Por enquanto nada definido.


NO RETROVISOR: O passado ajuda o presente a iluminar o futuro. Na política a regra é válida. A escolha do vice não decide a eleição, mas ajuda a dar credibilidade a chapa - apesar das ironias quanto ao seu papel na administração. O nome do vice não consta da placa de inauguração e ele não corta ou desata a fita.


RELAÇÃO de vices dos prefeitos da capital a partir de 1947: Arthur Vasconcelos (vice de Fernando C. Costa); Dinamerico Inácio de Souza (vice de Oliveira Lima); Nelson Trad (vice de Antônio Canale); Helio Mandeta (vice de Plínio Martins); Mario Caldas (vice de Antônio Canale); Alberto Cubel (vice de Levy Dias); Heráclito Figueiredo (vice de Juvêncio); Marilu Guimarães/Chico Maia, (vices de Lúdio Coelho); Osvaldo Possari (vice de André Puccinelli); Marisa Serrano/Edyl Albuquerque (vices de Nelson Trad); Gilmar Olarte (vice de Alcides Bernal) e Adriane Lopes (vice de Marcos Trad).


REFLEXOS: As eleições de 2022 refletirão agora?  Na capital: Bolsonaro obteve 54,56% e Lula 34.57%. Contar 26,64%; Puccinelli 21,82%; Marcos Trad 15,48%; Eduardo Riedel 14,66%; Rose Modesto 13,96%. Marcos Pollon liderou com 38.410 votos para a Câmara e ao senado Tereza Cristina 52,56%. Esses patrimônios eleitorais vão se manter influentes com mudança de cenário?


 ‘STATES’:  Condições para ocupar a Casa Branca: ter nascido nos EUA; idade mínima de 35 anos; ter morado nos EUA por 14 anos. Curiosamente não há proibição de uma pessoa condenada criminalmente ser presidente; casos de Eugene Debs e Lyndon La Rouche. Portanto, a sentença condenando Trump não o impede de concorrer ao pleito. Lá – como cá – a imoralidade impera na política. 


DE FORA: O ex-ministro Luiz H. Mandetta até discursou no evento recente de Rose Modesto. Apesar de seus 92.401votos (20,08%) obtidos para o senado na capital, ele está fora destas eleições. Morando no Rio de Janeiro e atuando numa grande empresa do setor de saúde, a política não consta de seu projeto de vida. Saiu - perdeu o espaço


DESGASTES: Essa novela, com pitadas escandalosas, sobre o direito de ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de Campo Grande ajuda a denegrir a imagem dos políticos de um modo geral. Certamente, desde o início, existem muitos interesses em jogo. Esse é pelo menos o resumo da opinião pública. Quando você pensa ter visto tudo...


SEM ILUSÕES:  Apesar das leis que parecem rígidas, os financiadores de campanha ainda terão papel de destaque nas eleições deste’ Brasil de Meu Deus’. Neste cenário o eleitor ‘indeciso’ receberá seu ‘pro-labore’ estimulante em dinheiro vivo que não entrará na prestação de contas do candidato perante a justiça eleitoral. É assim que funciona.


FLECHADA CERTEIRA:


São três as análises básicas das “pesquisas de opinião”: Uma para orientar os candidatos. Outra pra orientar os financiadores. Outra pra desorientar o público. (Millôr)

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