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Zé Teixeira defende comissão para conter comércio imobiliário na reforma agrária

Democrata defendeu a criação de uma comissão para apurar a venda irregular de lotes no Estado destinados a pessoas do campo. 

26/04/2018 - 16h21

Willams Araújo

Zé Teixeira durante a sessão de hoje na Assembleia (Foto: ALMS)

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) criticou nesta quinta-feira (26), durante sessão da Assembleia Legislativa, o que chamou de "comércio imobiliário na reforma agrária" em Mato Grosso do Sul e defendeu a criação de uma comissão para apurar a venda irregular de lotes no Estado destinados a pessoas do campo. 


Zé Teixeira, que é primeiro-secretário da Mesa Diretora da Casa, usou a tribuna para tratar do assunto depois que parlamentares petistas defenderam a retomada do processo de reforma agrária alegando crescimento desenfreado do latifúndio no Estado.   


“Nunca fui contra a reforma agrária, sou contra o modelo adotado. Sou a favor de fazer uma comissão para avaliar quem recebeu terra e a arrendou para terceiros. Sou a favor da produção. Sabemos que existem muitas irregularidades, pois hoje há um comércio imobiliário na reforma agrária. Portanto, o programa dá terra para fins não-produtivos”, reagiu o democrata, líder da classe ruralista do Estado. 


O deputado Cabo Almi (PT) havia defendido na tribuna a reforma agrária, afirmando que a concentração de terra tem gerado mais pobreza no Brasil. De acordo com ele, os latifúndios evoluíram para empresas rurais capitalistas.


“Existe uma estrutura fundiária concentrada diante de um desenvolvimento capitalista que gera um enorme conjunto de miseráveis”, disse Cabo Almi, que ainda lamentou as críticas contra a reforma agrária. “Os assentados rurais exercem sim a produção agrícola. A União precisa dar continuidade à política de reforma agrária, uma vez que atenua as pressões sociais advindas da concentração da terra”, acrescentou.


Em aparte, o deputado João Grandão (PT) argumentou a importância de oferecer instrumentos para o acesso ao sistema de financiamentos bancários ou de políticas de incentivos governamentais. 


“É importante informar à sociedade que os assentados não ganham de graça a terra, mas pagam por ela. Precisamos compreender que a reforma agrária visa alcançar melhorias nas condições sociais, econômicas e políticas das comunidades rurais”, finalizou.  Com informações do Portal ALMS.

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