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Temer terá de provar que 'a mala de dinheiro não aconteceu

Declaração foi feita por Rodrigo Janot durante 'detox de Brasil' na Colômbia

16/03/2018 - 08h25

BBC Brasil

Janot nega ter qualquer intenção de se candidatar a cargo político (Foto: Divulgação)

Até setembro passado, quando ocupava o cargo de procurador-geral da República, Rodrigo Janot se deslocava por Brasília com uma escolta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Distrito Federal. Mesmo depois de deixar o cargo, anda em carro blindado e com motorista armado quando está no Brasil. Nada mais diferente da vida que leva em Bogotá.


Desde janeiro, o ex-PGR é professor visitante da Universidade de los Andes, cuja sede está a 3.669 km de distância do prédio da PGR em Brasília. "Aqui, sou desconhecido", diz ele com satisfação, enquanto anda pelo centro da cidade, no trajeto entre a sala de aula e um restaurante próximo. "Só evito lugares muito turísticos", explica, para não ser reconhecido por visitantes brasileiros.


Janot está ministrando aos colombianos um curso de extensão, chamado "Técnicas Relevantes de Investigação de Crimes de Corrupção". A disciplina é cursada por alunos que estão concluindo os cursos de Direito e Ciência Política. Na aula da última quarta-feira, acompanhada pela BBC Brasil, Janot fez um relato do trâmite jurídico e dos bastidores do processo de extradição de Henrique Pizzolato, ex-petista que fugiu para a Itália depois de condenado no processo do mensalão. Havia dez alunos na sala.


O ex-PGR ministra o curso em espanhol, não sem tropeçar em algumas palavras (em um dado momento lhe escapou a versão em castelhano do termo "marmita"). A primeira parte do curso, conta ele, foi uma espécie de introdução para explicar o contexto brasileiro aos alunos colombianos. 


"A partir de agora, todas as aulas serão sobre casos concretos, diz. Serão debatidas duas investigações colombianas e duas brasileiras: a apuração contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) e a delação da Odebrecht. "A Lava Jato, para os colombianos, está totalmente ligada à delação (da empreiteira)", explica.

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