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Reinaldo recebe solidariedade dos deputados sobre armação do dono da JBS

Governador foi à Assembleia falar sobre delação premiada do dono do Grupo JBS, Wesley Batista, que envolveu seu nome em esquema de propina

23/05/2017 - 10h54

Campo Grande

Reinaldo durante reunião com os deputados (Foto: ALMS)

O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), se reuniu na manhã desta terça-feira (23) com os deputados estaduais, na sala de reuniões da Presidência da Assembleia Legislativa, para falar sobre a polêmica envolvendo seu nome em suposto esquema de recebimento de propina, segundo revelou em delação premiada, à PGR (Procuradoria Geral da República), um dos donos do Grupo JBS, Wesley Batista,.


Durante o encontro, o governador apresentou sua defesa diante da denúncia das delações dos executivos da JBS de que ele teria recebido propina para conceder incentivos fiscais a empresa. O Executivo recebeu a solidariedade de vários deputados que integram a sua base aliada na Casa e prometeu processar o delator, a quem atribuiu uma "mentira deslavada". 


Participaram da reunião, que começou as 8h (de MS), o presidente da Casa, Junior Mochi (PMDB), vários deputados, o secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, o Controlador Geral do Estado, Carlos Eduardo Girão de Arruda e o Procurador Geral do Estado, Adalberto Neves.


Após a reunião na Assembleia, o governador teve um encontro com o presidente do Tribunal de Justiça, também para apresentar defesa. 


Retaliação


Em entrevista coletiva ontem a tarde na Governadoria, Reinaldo disse que a relação com a JBS é institucional e que acreditar que a citação feita na delação do dono da JBS Wesley Batista é uma retaliação à mudança na política de incentivos fiscais.


"Pode ter feito por retalização por nós não concordar em renovar muitos termos de acordo porque nós não concordamos. Eu acho, como eles precisam entregar para ter o acesso que eles queriam com o Ministério Público uma grande realmente leniência, para não ser processado, para poder morar nos Estados Unidos, ir para Miami, Nova Iorque sem nenhum punição. Parece que o crime compensa", afirmou Azambuja.


A JBS informou ao G1 que não vai se manifestar sobre a declaração de Azambuja.


Delação


Wesley Bastista afirmou na delação que pagou propina para o atual governo em troca de descontos nos impostos estaduais. O esquema teria começado em 2003 com o governador Zeca do PT e continuado na gestão de André Puccinelli (PMDB).

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