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PSDB fracassa, Beto Pereira recua e Mochi será reeleito por consenso

Acordo também prevê a permanência do deputado Zé Teixeira (DEM) na primeira-secretaria 

06/12/2016 - 13h09

Willams Araújo

Campo Grande 

Mochi é abraçado por Sérgio de Paula (Foto: Diogo Gonçalves)

As articulações entre os deputados estaduais que integram a bancada do PSDB na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul não foram suficientes para impedir à reeleição de Júnior Mochi (PMDB) na Mesa Diretora da Casa, o qual deve continuar no cargo por mais dois anos.  


Apesar de majoritária, a bancada tucana não reuniu o consenso esperado em torno da candidatura do deputado Beto Pereira (PSDB), que recuou, abrindo espaço para o aliado do ex-governador André Puccinelli, principal expoente do PMDB no Estado.


Mochi será candidato de consenso, garantiu interlocutor da Assembleia ao confirmar o acordo em torno da chapa consensual.  


O acordo suprapartidário também prevê a permanência do deputado Zé Teixeira (DEM) na primeira-secretaria, o segundo cargo mais importante da Mesa Diretora.


Ainda não há uma definição para a composição dos demais cargos da Mesa, como a vice-presidência, atualmente ocupada pelo deputado Onevan de Matos (PSDB); Grazielle Machado (PR), 2° vice-presidente, Mara Caseiro (PSDB), 3° vice-presidente, Cabo Almi (PT), 2° secretário e Felipe Orro (PSDB), 3° secretário.


Ninguém da cúpula tucana, no entanto, garante que Beto Pereira ocupará outro cargo de menor importância na Assembleia. 


O secretário Sérgio de Paula (Casa Civil), principal articulador político do governo, prevê que esta semana sairá à composição da chapa eclética.


Segundo ele, a ideia do governo é eleger a direção da Mesa sem racha na base de sustentação do governador Reinaldo Azambuja, que dispõe de maioria folgada na Assembleia.


Apenas os deputados petistas Amarildo Cruz, Cabo Almi, Pedro Kemp e João Grandão fazem oposição ao governo.


O prenúncio de que a indicação de Beto Pereira não daria certo como nome de consenso foi exposto pelo seu correligionário Maurício Picarelli, decano na Casa. Ele foi a imprensa criticar as articulações conduzidas por Sérgio de Paula, praticamente vetando o nome de seu companheiro de bancada. 


PREOCUPAÇÃO


Embora ligado ao grupo político liderado por André Puccinelli, Mochi foi parceiro de primeira hora da candidata derrotada do PSDB à prefeitura de Campo Grande, a vice-governadora Rose Modesto, que perdeu o segundo turno das eleições para Marquinhos Trad (PSD).


A maior preocupação da cúpula do governo é com a possibilidade de Mochi, caso reeleito, municiar a candidatura de André Puccinelli em 2018, num confronto com Reinaldo Azambuja, que se movimenta para ter uma reeleição tranqüila.


Particularmente, o governador tucano confia na lealdade de Mochi, de quem é amigo desde quando foram prefeitos por dois mandatos consecutivos de Maracaju e Coxim, respectivamente.

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