Os diretórios estadual e nacional do PSDB decidiram adiar a visita do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato do partido à Presidência da República, a Mato Grosso do Sul.
O tucano de alta plumagem participaria no sábado (26) de encontro com lideranças no Clube Nipo Brasileiro, em Campo Grande.
O motivo, segundo as cúpulas partidárias, é a greve dos caminhoneiros que afetou o abastecimento de combustível em todo país.
“Na expectativa de que as negociações em curso não sofram retrocesso e sejam capazes de atender as condições de trabalho dos transportadores, restabelecendo a normalidade desse importante segmento da economia, espera-se no mais breve espaço de tempo, cumprir a agenda agora alterada. Uma nova data para esse importante encontro com o grande líder da Social Democracia e a população do nosso Estado deverá ser marcada, agradecemos a compreensão de todos”, diz trecho de documento assinado pelo presidente do diretório regional do PSDB, deputado estadual Beto Pereira.
CONFRONTO
O encontro do PSDB ocorreria uma semana depois que o ex-governador André Puccinelli, pré-candidato do MDB ao governo do Estado, reuniu lideranças políticas no local para discutir o processo sucessório estadual com a presença do ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, presidenciável do partido ao Palácio do Planalto.
Além de Reinaldo e André, o confronto rumo ao Parque dos Poderes este ano deve contar com a participação do juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT).
Apesar das três pré-candidaturas postas, as principais lideranças desses partidos se movimentam no sentido de fechar alianças. A ideia, segundo analistas, é tirar rivais da disputa visando facilitar chegar ao poder a partir de janeiro de 2019.
O comando do PSDB, por exemplo, trabalha com a possibilidade de contar com o MDB como aliado na campanha eleitoral deste ano. Nesse caso, o partido abriria mão de candidatura própria para apoiar à reeleição de Azambuja.
As conversações envolvem lideranças tucanas e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi, um dos maiores entusiastas da aliança com o PSDB.
Publicamente, André Puccinelli tem dito que não abre mão de sua candidatura. O aparente rompimento da bancada do MDB, composta por sete deputados, com a base de apoio do governador na Assembleia ocorreu por determinação do ex-governador, atualmente presidente do partido no Estado.