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Polícia Federal volta a fazer varredura no apartamento de André Puccinelli

Ex-governador é investigado por suposto desvio de dinheiro público

14/11/2017 - 07h53

Campo Grande

André faz varredura no apartamento de André (Foto: Divulgação )

Policiais federais entraram por volta das 6h (de MS) desta terça-feira (14) no prédio onde mora o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), em Campo Grande. Segundo o advogado Renê Siufi, que atua na defesa de Puccinelli, policiais fazem busca no apartamento dele. O advogado disse ainda que não tem informações sobre mandado prisão.


A ação faz parte da 5ª fase da operação Lama Asfáltica. A Polícia Federal também está em outros endereços. Na capital, há policiais federais em pelo menos outros dois prédios residenciais e há mandados sendo cumpridos ainda em Nioaque, Aquidauana e São Paulo.


O ex-governador foi levado na viatura da PF para prestar depoimento. A suposta prisão dele pode mudar o quadro eleitoral em MS, segundo analistas. O peemedebista lidera a corrida sucessória estadual, segundo atesta o Ipems (Instituto de Pesquisa de MS).


Além do apartamento do ex-governador, policiais estiveram no do filho dele, André Puccinelli Júnior. Ele foi levado para a Superintendência da PF. A polícia ainda não confirma qual é o mandado relacionado a ele.


Corrupção


De acordo com a Polícia Federal, a operação Papiros de Lama tem objetivo de cumprir dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, seis de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada por policiais para prestar depoimento, e 24 de busca e apreensão.


A CGU (Controladoria-Geral da União) também integra a ação. Valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas foram apreendidos.


Conforme a PF, a investigação que resultou na Papiros de Lama tem como objetivo acabar com grupo suspeito de desviar R$ 235 milhões em recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, financiamento de atividades privadas sem relação com a atividade-fim de empresas estatais, concessão de créditos tributários com vistas ao recebimento de propina e corrupção de agentes públicos.


Ainda conforme a PF, a propina era mascarada de diversas formas. Uma delas, era a compra, sem justificativa plausível, de obras jurídicas, por parte de empresa concessionária de serviço público e direcionamento dos lucros, por interposta pessoa, a integrante do grupo investigado.


No apartamento do ex-governador


Em maio deste ano, policiais estiveram no apartamento de Puccinelli, no bairro Jardim dos Estados, e o levaram em viatura caracterizada à Superintendência da PF. Foi cumprido mandado de condução coercitiva. Em 2016 a primeira busca no local, no âmbito da operação Fazendas de Lama.


Policiais e servidores da CGU e da Receita Federal foram também à Secretaria de Estado de Fazenda e à Secretaria de Estado de Educação, ambas no Parque dos Poderes, à casa do filho do ex-governador, fazendas, à empresas de informática, frigorífico e residências. Com G1. 

André foi levado na viatura da PF para prestar depoimento (Foto: Topmídia)
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