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Operação contra tráfico de drogas prende 11 em Mato Grosso do Sul

Dois suspeitos de Campo Grande também foram conduzidos coercitivamente. 

17/08/2017 - 18h03

Do G1

Polícia Federal nas ruas de Corumbá (Foto: Divulgação )

A OOperação Bandeirantes, deflagrada nesta quinta-feira (17) em Mato Grosso do Sul e São Paulo contra o tráfico de drogas, prendeu 11 pessoas - nove em Corumbá e duas em Campo Grande - e levou quatros pessoas coercitivamente, sendo duas em cidade paulista.


Segundo a Polícia Federal, ainda faltam ser cumpridos seis mandados, sendo dois na Bolívia. A investigação prevê o sequestro e apreensão de bens e valores do grupo.


Na ação de hoje, foram apreendidas várias armas. Na capital sul-mato-grossense foi uma arma de pressão, um revólver calibre 38 e uma arma de uso restrito com luneta. Na outra cidade onde houve prisão também foi apreendida uma arma.


Investigação

A investigação contra o grupo começou em fevereiro deste ano, quando a PF apreendeu 126 quilos de cocaína em uma estrada vicinal no Pantanal de Mato Grosso do Sul. O segundo fato ocorreu em abril quando um integrante do grupo foi preso perto de Campo Grande com 54 quilos de cocaína no catalisador do caminhão.


O terceiro acontecimento foi em maio com a prisão de outro integrante com 171 quilos de cocaína escondida na quinta roda de um caminhão. Uma quarta pessoa foi presa em junho por evasão de divisas com os 25 mil dólares.


Nestes seis meses foram feitas quatro prisões e três apreensões de drogas, que totalizaram 354 quilos de cocaína na forma de cloridrato. Na região sudeste, destino das remessas, o valor dos carregamentos somados poderia superar R$ 7 milhões.


Para o tráfico, os investigados utilizavam familiares e até o filho menor de idade de um casal do grupo.

Segundo a PF, os alvos tinham tarefas bem divididas. Eles tratavam com fornecedores bolivianos de cocaína, logística de pagamentos e internalização da droga no Brasil, até o armazenamento, ocultação em compartimentos de veículos e transporte, especialmente para o estado de São Paulo.


Para chegar com o entorpecente no destino final, o grupo utilizava rotas vicinais ou estradas de terra e também o trânsito em horário noturno.


Infraestrutura

Durante a investigação, os policiais descobriram que a quadrilha tinha vasta rede de fornecedores na Bolívia, de compradores, motoristas e pessoas para trazer a droga para o Brasil, as chamadas 'mulas'.

De acordo com a PF, a quadrilha contava ainda com oficinas mecânicas, estacionamento, lava-jato, diversas residências, veículos de passeio, caminhonetes e caminhões.


Uma das oficinas não apresentava atividade contínua ou funcionários regulares e auxiliava na confecção de esconderijos em veículos que transportariam as drogas.


Dinheiro

Como pagamento pela droga enviada, o grupo recebia valores em espécie em moeda nacional e estrangeira, veículos e embarcações. Tudo era negociado dentro e fora do país.


Já foram identificados mais de R$ 921 mil entre automóveis, caminhões e embarcações. Já foram confiscados US$ 25 mil (o equivalente a mais de R$ 81 mil na data da apreensão) que estavam sendo levados à Bolívia.


A PF informou que os US$ 25 mil são pagamento de uma droga enviada no dia 25 de maio que não foi interceptada pela polícia.


Mesmo após as prisões e as apreensões milionárias de drogas e de valores, a quadrilha continuava no tráfico. Os integrantes não tinham emprego ou atividade lícita que justificasse a riqueza ostentada.


Operação Bandeirante

O termo bandeirante faz referência ao veículo usado pelo grupo para cruzar o Pantanal de Mato Grosso do Sul com a primeira carga do grupo apreendida pela PF.

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