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Odilon se aposenta, mas tem dúvida sobre disputar eleições em Mato Grosso do Sul

Em entrevista recente à Rede Bandeirantes, o ex-magistrado admitir ter medo de ser "metralhado" por bandidos caso não tenha escolta paga pelo governo

06/10/2017 - 07h51

Campo Grande

O juiz federal Odilon de Oliveira (Foto: Divulgação )

O juiz federal Odilon de Oliveira, 68 anos, se aposentou voluntariamente por tempo de contribuição e com proventos integrais. No entanto, ainda tem dúvidas sobre disputar algum cargo eletivo nas eleições do ano que vem, em Mato Grosso do Sul.


A aposentadoria foi publicada na quinta-feira (5) no Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3ª Região. 


Em entrevista ao programa Brasil Urgente, do jornalista José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes de Televisão, em 29 de agosto, o ex-magistrado admitiu ter medo de ser "metralhado" por bandidos caso não tenha escolta policial paga pelo governo.


Assediado por vários partidos, Odilon é lembrado para concorrer à sucessão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). No entanto, chegou a declarar publicamente o desejo de postular o Senado. 


Controlado pelo deputado federal Dagoberto Nogueira, o PDT, onde o vereador Odilon Júnior é presidente municipal de Campo Grande, seria o partido mais provável para acomodar o magistrado. 


Durante a entrevista à Datena, Odilon disse que tinha 68 anos de idade, dos quais 56 de atividade e que precisava se aposentar para descansar. 


"Se não conseguir (aposentadoria) estou num mato sem cachorro, o jeito vai ser comprar um carro forte com ar condicionado e morar dentro ou sair do Brasil", exagerou o magistrado na entrevista, ao temer a possibilidade de ser metralhado por bandidos se não tiver segurança particular.


Ainda na entrevista, Odilon lembrou que desarticulou muitas ações de bandidos, principalmente na região de fronteira com o Paraguai e que por isso não tem condições psicológicas para viver sem escolta policial após sua aposentadoria. 


"Eu não posso dormir com um olho aberto e o outro fechado cuidando da minha própria segurança, espero que a união tenha essa responsabilidade e faça isso por mim", apelou. 


Questionado se poderia ser assassinado após parar de trabalhar, respondeu: "tenho um grande receio porque ninguém mais do que eu conhece os desafetos que eu ajudei  desarticular, não só droga, mas contrabando e outras ações". 


O magistrado se vangloriou por ter feito o que chama de "estrago muito grande" para combater a bandidagem na região de fronteira com o Paraguai. 


Ele disse ainda que sua vida particular é restrita há muitos anos. " O relacionamento com a família dentro de casa foi pro brejo", reclamou. 


ÚLTIMOS ATOS


Um dos últimos atos de Odilon ocorreu na quinta-feira (5), ao decretar a prisão preventiva do italiano Cesare Battisti, que havia sido preso em flagrante ontem.  O magistrado considerou que Battisti tentava, de fato, fugir do Brasil, quando foi detido em rumo à Bolívia.


O ex-ativista italiano foi preso em Corumbá (MS) sob suspeita de evasão de divisas enquanto tentava deixar o país. Segundo a Polícia Federal, ele portava uma “quantia significativa em moeda estrangeira”, o que levou os agentes a detê-lo no momento em que saía do Brasil a bordo de um táxi boliviano.


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