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Ministro diz que vai aos EUA tentar reverter veto à carne brasileira

Blairo Maggi afirmou que entre 10 e 15 toneladas de carne que estão a caminho dos EUA deverão retornar ao Brasil.

23/06/2017 - 14h14

G1

EUA suspenderam a importação de carne bovina brasileira (Foto: Divulgação )

O miministro Blairo Maggi (PP) disse nesta sexta-feira (23), em Cuiabá, que outros países também podem decidir suspender a compra da carne bovina fresca brasileira, após os Estados Unidos terem anunciado a medida, que é temporária. O Brasil havia conseguido autorização para exportar esses produtos aos americanos em julho do ano passado, depois de 17 anos de negociações.


Segundo Maggi, a decisão dos EUA se baseia em questões relacionadas ao preparo e à limpeza da carne, mas também pode ter sido provocada por pressão dos produtores daquele país.


O ministro falou que pretende antecipar para semana que vem uma reunião com o Departamento de Agricultura americano, que estava marcada para o dia 13 de julho, a fim de tentar resolver o impasse e minimizar os prejuízos financeiros. Segundo o Ministério da Agricultura, ainda não há definição sobre a antecipação da viagem.


"Os Estados Unidos são guias para muitos países, especialmente os pequenos da América Central. O Brasil pode perder muito se essa situação não conseguir ser resolvida rapidamente", disse Maggi.


Atualmente, há uma carga estimada entre 10 e 15 mil toneladas de carne em trânsito para os Estados Unidos, por meio de navios, que poderá ser barrada. Isso provocaria prejuízo estimado de US$ 90 milhões. "Se não resolvermos a situação, essa carne deverá voltar", disse o ministro.

Desconfiança

O ministro afirmou ainda que a suspensão da exportação pode ter sido provocada por pressão dos produtores dos Estados Unidos, a fim de não perderem mercado, e como reflexos da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e da presença da JBS em solo americano.


Maggi disse que foi pego de surpresa pela decisão do governo americano, já que o Brasil havia vetado a venda da carne in natura em cinco frigoríficos que estavam apresentando problemas, mas ponderou que esse tipo de suspensão temporária é pontual e "normal" dentro do sistema de comércio internacional de alimentos, "especialmente de origem animal".


Abcessos na carne


De acordo com Maggi, a decisão dos EUA se baseia no aparecimento de abcessos na carne, que são formações inflamatórias. "Isso é proveniente da vacinação contra a febre aftosa no Brasil, cuja aplicação pode provocar isso se não for feita no local correto. O problema vai ser resolvido nos frigoríficos, com a limpeza das carnes antes da exportação."


O Ministério da Agricultura deverá apurar se o aparecimento dos abcessos ocorre pela má utilização da vacina contra a febre aftosa e ou se foi provocado pelo veículo usado para levar a vacina ao animal. A pasta estava trabalhando, havia cerca de um mês, em como deve ser feita a fiscalização por parte dos responsáveis e como deve ser enviada a carne para exportação.


"Estamos estudando instrução normativa para a hora do abate e do preparo da carcaça na hora de mandar aos Estados Unidos", disse Maggi.

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