Sindicatos e federações de trabalhadores de Mato Grosso do Sul, filiados à Força Sindical, foram convocados para uma reunião na segunda-feira (17) para tratar da reforma trabalhista, sancionada pelo presidente Michel Temer esta semana.
A central luta agora para viabilizar a edição e posterior aprovação de uma medida provisória para corrigir os itens mais negativos da reforma, preservando direitos consagrados e a estrutura sindical, instituição vital à ampliação e à consolidação de uma democracia avançada.
Sindicalistas do interior do Estado vêm para a Capital para discutir o assunto na sede da Força (Travessa Angelo Fragelli, 7, Jardim América) a partir das 16 horas do dia 17. A convocação está sendo feita pelo presidente da entidade no Estado, Idelmar da Mota Lima.
“A Força Sindical, seus sindicatos, federações e confederações continuarão firmes na luta e na negociação para reverter a reforma aprovada pelo Congresso. Ao mesmo tempo, continuaremos investindo na mobilização e na luta dos trabalhadores em defesa dos seus direitos em unidade com as demais centrais sindicais, reafirmando nossa opção de dialogar amplamente com o governo federal e com o Congresso no sentido da imposição de vetos presidenciais ao texto aprovado”, afirma Idelmar.
Adauto Cândido de Almeida, secretário geral da Força MS afirma que com a aprovação da reforma trabalhista o Senado Federal consumou um grave atentado contra direitos dos trabalhadores conquistados em décadas de lutas trabalhistas e sindicais.
Esta ofensiva, segundo Adauto, enquadra-se na perspectiva dos rentistas e da elite mais retrógrada do País, de jogar exclusivamente nas costas do povo trabalhador o preço dos ajustes e da política econômica que tem levado a Nação à pauperização, à paralisia, ao desemprego e à desindustrialização.
NOTA
A Força Sindical nacional também se manifestou indignada com a reforma trabalhista e divulgou nota em que afirma que a opção pelo estrangulamento do financiamento dos sindicatos, marcado pela aprovação do fim do chamado imposto sindical, resultará numa nefasta desigualdade nas negociações entre patrões e empregados exatamente no momento em que se determina que a negociação prevalecerá sobre a legislação do trabalho existente.
Tal medida trará impactos consideráveis nos serviços prestados pelos sindicatos aos trabalhadores, tais como assistência jurídica, serviços de atendimento médico e odontológico, colônias de férias, clubes e outras atividades sociais e esportivas que deverão ser reduzidas ou simplesmente extintas.
Além do corte do financiamento, a reforma aprovada estabelece várias restrições à negociação coletiva consagrada internacionalmente pelas Convenções da OIT, ao privilegiar a negociação individual, ao restringir a ação sindical nas demissões coletivas e ao vetar a participação sindical na composição da representação dos trabalhadores nas empresas, dentre outros absurdos.
A Força Sindical, seus sindicatos, federações e confederações continuarão firmes na luta e na negociação para reverter a reforma aprovada pelo Congresso.
Ao mesmo tempo, continuaremos investindo na mobilização e na luta dos trabalhadores em defesa dos seus direitos em unidade com as demais centrais sindicais, reafirmando nossa opção de dialogar amplamente com o governo federal e com o Congresso no sentido da imposição de vetos presidenciais ao texto aprovado e de viabilizar a edição, e posterior aprovação, de uma medida provisória para corrigir os itens mais negativos da reforma, preservar direitos trabalhistas consagrados e a estrutura sindical, instituição vital à ampliação e à consolidação de uma democracia avançada.