O novo secretário estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul, Carlos Coimbra, tomou posse na tarde de quarta-feira (13). Ele assumiu a titularidade da pasta no lugar de Nelson Tavares, que deixou o cargo alegando motivos pessoais.
Cerimônia de posse foi realizada no auditório da Governadoria, na presença do governador Reinaldo Azambuja e de Tavares.
Reinaldo Azambuja destacou que Coimbra foi escolhido pela experiência em estruturação hospitalar e pelo bom trânsito com o Ministério da Saúde. “Houve a troca de secretários, mas o projeto de reestruturação da Saúde em MS continua o mesmo e faremos aquilo que está programado”, destacou o governador.
Coimbra estava há dois meses à frente da gerência administrativa do Hospital Universitário de Campo Grande. Também foi diretor do Hospital de Câncer de Campo Grande e se especializa em gestão hospitalar.
Depois da posse, o novo secretário prometeu que a busca por mais recursos federais será uma das diretrizes em sua gestão.
Há duas semanas, o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MP-MS) entrou com uma ação civil pública contra Nelson Tavares por ele não usar R$ 8.714.503,31, ou seja, 47,93% dos R$ 18.182.051,37 enviados pelo governo federal, em 2015 e 2016, em combate a endemias.
Segundo as investigações, em 2015 foram gastos 44% desse dinheiro. No ano seguinte, dos R$ 9.467.548,06 milhões da verba que restavam, a secretaria usou apenas R$ 300 mil, 3% do total. Além disso, quase R$ 3,5 milhões não tinha comprovação.
A ação pede a cassação dos direitos políticos de Nelson Tavares e aplicação de multas e uma indenização por danos morais coletivos de R$ 500 mil.
Nos últimos dois anos, Mato Grosso do Sul ficou entre os quatro estados com a maior incidência de dengue no país. Durante os dois anos, o estado teve 77 mil casos de dengue. Nesse período, 17 pessoas morreram por causa da doença.