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Candidatura 'casada' de Ciro Gomes e Odilon inclui aliança com denunciados

Juiz federal se diz contra coligação com políticos envolvidos em corrupção 

11/12/2017 - 08h58

Willams Araújo

Odilon e Ciro Gomes durante ato do PDT em Campo Grande (Foto: Divulgação )

A candidatura 'casada" de Ciro Gomes (PDT-CE) ao Palácio do Planalto e do juiz aposentado Odilon de Oliveira (PDT-MS) ao governo de Mato Grosso do Sul, inclui alianças com partidos cujos políticos são investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. 


O prazo a que Ciro Gomes se impôs para viabilizar seu nome como candidato da esquerda na eleição de 2018 se esgotou há duas semanas. Depois de conversas com petistas, ele concluiu que não terá apoio do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. 


No entanto, interlocutores do PDT e do PT asseguram que Ciro Gomes e o ex-presidente estabeleceram um acordo: quem passar para o 2° turno apoia o outro, segundo o jornal O Estadão. 


Lula foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e  corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jato. 


O acordo com políticos "ficha suja" contradiz com a marca da campanha de Odilon de Oliveira que pretende enfrentar o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nas eleições do ano que vem motivado por resultado de pesquisa que o aponta como um dos favoritos. 


Ciro começou a acelerar a montagem dos palanques regionais filiando novos nomes ao PDT. Os mais recente foram o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, que saiu do PV, e Odilon Oliveira, que se abrigou no partido a convite do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT-MS) e do presidente da executiva nacional, Carlos Lupi. 


"Quero executar projeto político sem corrupção. Aceito, sim, disputar o cargo de governador. Fazê-lo dentro de lei. Garanto dedicação integral para reconstrução ética e moral deste país. Quero fazer isso ao lado do povo", colocou ao discursar em ato político de sua filiação ao PDT. 


O desejo de Ciro, que também está em busca de um nome no DF, é fortalecer sua campanha nos Estados.


PESQUISA 


Na última Datafolha, o pedetista aparece em quinto lugar, com 6% das intenções de votos, contra 34% de Lula. No seu melhor cenário sem o petista, perde apenas para Jair Bolsonaro.

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