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Brasil e Argentina revisam tratado de extradição entre os países, diz Moro

Ideia da revisão é que o documento de extradição, em caso da prisão de uma pessoa no país vizinho, seja adiantado sem passar pelos canais diplomáticos

16/01/2019 - 15h21

Estadão

O ministro Sérgio Moro (Foto: Divulgação)

Os presidentes Jair Bolsonaro e Mauricio Macri assinaram, nesta quarta-feira, 16, a revisão do tratado de extradição entre Brasil e Argentina. O argentino chegou ao Palácio do Planalto na manhã desta quarta, onde foi recebido pelo brasileiro.


De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, a ideia da revisão é que o documento de extradição, em caso da prisão de uma pessoa no país vizinho, seja adiantado sem passar pelos canais diplomáticos para depois ser formalizado. Atualmente, o tratado vigente é da década de 1960.


"Às vezes você seguiu o canal diplomático, acontece o que aconteceu com o [Cesare] Battisti, prende o cara e...", declarou Moro, fazendo um sinal de fuga com as mãos ao fazer referência à prisão do italiano Cesare Battisti, que fugiu do Brasil para a Bolívia, onde foi preso.


"Existe um tratado de extradição um pouco antigo feito em outra época. As formas de comunicação hoje são outras e há a percepção de que há necessidade de sempre agilizar esse mecanismo de cooperação", reforçou o ministro. "Esse tratado vai permitir uma comunicação mais rápida entre os dois países." 

Reformas e relação 'sem tabus' 


Os presidentes também falaram que as reformas que os dois países levam adiante são fundamentais para o crescimento sustentável. A Argentina aprovou uma reforma da Previdência em 2017, já durante o governo Macri, enquanto Bolsonaro se prepara para enviar um texto que muda o sistema de aposentadoria no Brasil. 


O presidente brasileiro também comentou o comércio entre os vizinhos e disse que "não há tabu na relação bilateral". "O que nos move é a busca por resultados concretos para o bem estar dos brasileiros e argentinos", disse Bolsonaro, que afirmou ainda que não há qualquer "viés ideológico" nas tratativas com Macri.


Além de comércio, as conversas com Macri também foram sobre questões ligadas a fronteiras, defesa, combate ao crime organizado e energia nuclear, disse Bolsonaro. Macri, em sua fala, afirmou que o encontro foi produtivo e que envolveu temas relacionados a Judiciário, segurança e inteligência para combater narcotráfico, crime organizado e lavagem de ativos.

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