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Base aliada tratora relatório de Sérgio Zveiter na CCJ contra Temer

s deputados federais Carlos Marun (PMDB-MS) e Elizeu Dionízio (PSDB-MS) votaram com o governo em defesa de Temer. 

13/07/2017 - 17h48

De Brasília 

CCJ rejeita parecer do relator (Foto: Reprodução )

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara rejeitou nesta quinta-feira (13) o relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer, apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR).


Votaram contra o parecer de Zveiter 40 deputados. A favor, 25. Houve uma abstenção. Os deputados federais Carlos Marun (PMDB-MS) e Elizeu Dionízio (PSDB-MS) votaram com o governo em defesa de Temer. 


É possível que o novo texto, do deputado Pauko Abi-Ackel (PSDB-MG), seja votado ainda nesta quinta na CCJ, liberando a denúncia para votação em plenário.


O novo parecer será lido, mas não será permitido novo pedido de vista (mais tempo para análise) nem nova discussão. Haverá nova orientação de bancada e nova votação nominal, nos mesmos termos da votação anterior.


m seguida, o relatório vencedor será enviado para a análise do plenário.


Com base nas delações de executivos do grupo J&F, que controla a JBS, Temer foi denunciado pela PGR pelo crime de corrupção passiva. Para o presidente, a denúncia é uma "injustiça que se faz com o Brasil".

Por se tratar do presidente da República, a denúncia só terá continuidade no STF (Supremo Tribunal Federal) se tiver autorização da Câmara.


Trocas na CCJ

Com o objetivo de derrotar o parecer de Zveiter na comissão, partidos aliados ao Palácio do Planalto fizeram, desde que a denúncia chegou à Câmara, 26 remanejamentos entre os integrantes do colegiado, substituindo deputados que haviam indicado voto contra Michel Temer.


O troca-troca gerou protestos e críticas por parte da oposição e de parlamentares dissidentes da base.

Nessa estratégia, vários deputados da base aliada que tinham se inscrito para discursar na CCJ durante as sessões destas quarta e quinta não se pronunciaram ou usaram menos tempo a que tinham direito.

Oposição reage

Para a oposição, o resultado desta quinta foi "artificial" e "fabricado". Alessandro Molon (Rede-RJ), afirmou.


"Dos 40 deputados que votaram contra, 12 entraram na comissão após a chegada da denúncia."


Pelos cálculos de Molon, se a base do governo não tivesse feito as mudanças na CCJ, o resultado seria de 37 a 28, a favor do parecer de Zveiter.


Beto Mansur (PRB-SP), então, avaliou que o resultado foi uma vitória, mas é preciso pensar na votação do plenário.


Base aliada

Oito deputados integrantes de partidos da base aliada votaram a favor da continuidade do processo e, portanto, contra Temer.


São eles:

Sergio Zveiter (PMDB-RJ) - relator do processo
Marcos Rogério (DEM-RO)
Laércio Oliveira (SD-SE)
Betinho Gomes (PSDB-PE)
Fábio Sousa (PSDB-GO)
Jutahy Junior (PSDB-BA)
Rocha (PSDB-AC)
Silvio Torres (PSDB-SP)

PSB e PPS

O PSB, partido do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, teve dois deputados que votaram contra o governo - Júlio Delgado (MG) e Tadeu Alencar (PE).


Apesar de comandar uma pasta na Esplanada, o PSB declarou oposição ao governo e o ministro decidiu contratriar a posição da sigla.


Já o PPS, que comanda o Ministério da Defesa, se declarou independente diante da crise que atinge o governo Temer. Nesta quinta, o deputado Rubens Bueno (PR) votou pela continuidade da denúncia.

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