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Alegando regalias na prisão, MPF pede transferência de Sérgio Cabral

Promotores dizem que o ex-governador montou "rede de serviços e favores" dentro das cadeias de Benfica e de Bangu, onde ficou preso anteriormente.

18/01/2018 - 10h14

De Brasília

Sérgio Cabral pode ser transferido (Foto: Divulgação )

O MPF (Ministério Público Federal0 do Rio pediu a transferência do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso em uma penitenciária no bairro de Benfica, na Zona Norte do Rio, para um presídio em Curitiba. A informação foi publicada na edição desta quinta-feira (18) no jornal "O Globo" e confirmada pela TV Globo.


O pedido é referente às supostas regalias tanto em Bangu, onde esteve detido anteriormente, quanto em Benfica. Cabral nega. Os promotores dizem que houve uma "rede de serviço e favores" montada para o ex-governador dentro da cadeia e citam os seguintes privilégios:


"Videoteca": tentativa de instalação de um home theatre no presídio de Benfica, forjando uma doação dos equipamentos através de uma igreja.Academia: aparelhos de musculação de "bom padrão como halteres e extensores de uso exclusivo", o que não é permitido.

Quitutes: produtos de delicatessen como queijos, frios e bacalhau. Há resolução da Seap contra alimentos in natura.

Colchões: camas utilizadas na Rio-2016, padrão distinto dos distribuídos pela Seap.

Escolta: em Bangu, segundo o MP, Cabral teve livre circulação, com a proteção de agentes penitenciários.

Visitas: recebeu, fora do horário permitido, o filho Marco Antonio Cabral e outros deputados, que é proibido, e sem vigilância em "ponto-cego".

Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016 e já foi denunciado 20 vezes pelo Ministério Público Federal. Ele já foi condenado duas vezes pela Justiça Federal do Rio e uma pela Justiça Federal de Curitiba. A pena, até agora, é de 72 anos. As condenações são por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e pertencimento a organização criminosa.


Os promotores pediram também que o secretário de Administração Penitenciária (Seap), coronel Erir Ribeiro, seja afastado do cargo, assim como outros cinco servidores da pasta: Sauler Antonio Sakalen, subsecretário da Seap; Alex Lima de Carvalho, inspetor de Bangu 8; Fernando Lima de Farias, subdiretor de Bangu 8; Fábio Derraz Sodré, diretor do presídio de Benfica; e Nilton Cesar Vieira da Silva, subdiretor do presídio de Benfica.

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