O 1º site político de Mato Grosso do Sul   |   18 de Abril de 2024
Publicidade

Governo ainda nutre esperança na posse forçada de Cristiane Brasil

Marun disse que governo não deve fazer as coisas fáceis, e sim as necessária

19/02/2018 - 06h24

De Brasília

O ministro Carlos Marun (Foto: Reprodução )

 Após se reunir com o presidente Michel Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse estar confiante de que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá "observar" a Constituição na novela envolvendo a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho.


Segundo ele, o governo não deve fazer as coisas fáceis, e sim as necessárias. E não abrirá mão da prerrogativa que o presidente tem de escolher livremente quem quiser para os cargos de primeiro escalão.


Marun foi questionado sobre o assunto ao sair de reunião com o presidente Michel Temer, após a presidente do STF, Cármen Lúcia, decidir que é competência da corte julgar o caso.


Constituição, é só isso que nós queremos, e temos confiança de que isso vai acontecer. Um governo não

pode se permitir a facilidade de buscar sempre o que é mais fácil. Nós não estamos aqui para fazer o que é fácil, nós estamos aqui para fazer o que é necessário. E neste momento é necessário que se estabeleça claramente o respeito a o que está estabelecido na Constituição: que a escolha de ministros é prerrogativa

privativa do presidente da República — afirmou.


Marun também destacou que o governo não cogita demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Carlos Segovia, que durante o Carnaval concedeu uma entrevista dizendo que não há indícios de crime no inquérito que investiga o presidente Michel Temer no caso do decreto dos portos e que a investigação

deveria ser arquivada. Para Marun, Segovia apenas disse a verdade, e está sendo feita "tempestade em copo d'água".


Ele chegou a reconhecer, no entanto, que o diretor-geral "talvez" tenha dito algo que não deveria. Por conta da entrevista, divulgada na sexta-feira passada pela agência Reuters, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, pediu esclarecimentos a Segovia por suspeitar que ele teria incorrido em infração administrativa ou penal.


— Entendo que esta é uma questão encerrada. O diretor-geral vai prestar esclarecimentos solicitados pelo ministro Barroso. Eu tenho uma visão pessoal sobre isso que é que o decreto não beneficia a

Rodrimar. Isso é que nem você estar investigando o assassinato de alguém que está vivo. Temos um contingente de policiais trabalhando em cima de um inquérito em que não existe o delito. O que ele verbaliza é o óbvio. Se não existe sequer o ato, em não existindo isso esse inquérito tem

um provável caminho natural que é o arquivamento — disse, complementando em seguida: — Os jornalistas são muito convincentes. E quem aceita conversar com jornalista e se propõe a falar a verdade dali a pouco comete alguma coisa que talvez pudesse até não ter dito. Mas na verdade ele falou a verdade e ali não existe nada de grave no que foi colocado. Está se fazendo tempestade em copo d'água em cima da verbalização do óbvio. Com informações do jornal O Globo.


Marun disse ainda que o diretor-geral da Polícia Federal deve "observar" inquéritos de grande repercussão para impedir que essas investigações acabem se transformando em "objeto de guerra política". Antes de ser nomeado ministro, no fim do ano passado, Marun foi o principal defensor do governo na Câmara, como deputado, quando tramitavam as duas denúncias de corrupção enviadas pelo Ministério Público contra Temer. 

Leia Também
Comente esta notícia
0 comentários
Mais em Política
Colunistas
Ampla Visão
Copyright © 2004 - 2015
Todos os direitos reservados
Conjuntura Online