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Em protesto, prefeitos admitem estado de insolvência dos municípios

O vice-presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Rogério Rosalin, lidera caravana de prefeitos do Estado. 

22/11/2017 - 10h12

De Brasília 

Prefeitos durante encontro na CNM (Foto: Agência CNM)

A Mobilização Municipalista, em Brasília, continua sua programação nesta quarta-feira (22), com uma grande concentração no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal. Centenas de prefeitos de todo o país estão reunidos para buscar a aprovação de medidas que desafoguem os municípios, submergidos na crise.


O vice-presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e prefeito de Figueirão, Rogério Rosalin, lidera caravana de prefeitos do Estado. 


Localizado ao Norte do Estado da Bahia, Itiúba possui cerca de 40 mil habitantes e tem vivenciado um momento dramático. Segundo a prefeita Cecília Petrina, mais de 70% da população reside na zona rural, onde a falta de água é uma constante.


"Vivemos em uma cidade situada em cima de pedras. Até para escavar poços e captar água é difícil, porque essas rochas são salinizadas. Elas têm um índice muito alto de calcário, de ferro", explicou a prefeita.


Apesar dos esforços de armazenar a água em cisternas e barreiras, os poços perfurados não resistem por muito tempo. Além disso, a falta de recursos pressiona ainda mais os cofres da prefeitura.


"Não é fácil nessa conjuntura de crise bater as contas nesse final de ano. Pela primeira vez na minha vida, eu que já fui prefeitas outras vezes, se a gente não conseguir um auxílio emergencial, nós vamos passar maus momentos", desabafou Petrina.


A concessão de um Auxílio Emergencial aos Municípios (AFM) é um dos principais pleitos da Mobilização Municipalista em Brasília, que acontece nesta quarta-feira. Entretanto, a Confederação luta por outros temas, também lembrados pelos participantes.


O prefeito de Grão Mogol (MG), Hamilton Gonçalves, falou sobre as dificuldades na área de Educação. "O aumento do piso dos professores é o problema maior nosso, que impacta a folha de pagamento. 


Aconteceu no ano passado e se não mudar as regras deve acontecer no próximo ano de novo", alertou.

Gonçalves disse ainda que os recursos recebidos para custeio do transporte escolar têm sido insuficientes. O reajuste dos programas federais também consta na pauta prioritária da campanha "Não deixem os Municípios Afundarem".


Somente palavras


Ao final, o prefeito de Jaguaribe (CE), José Abner, reforçou o propósito do movimento. "Nós viemos pedir que tirem do discurso apenas a questão federalista. Nós precisamos, de fato, para resolver os problemas dos municípios, que é onde as pessoas moram, é que se acabe a prática de repassar obrigações sem repassar o custeio. Esse discurso de 'sou municipalista' sem fazer nada a respeito já passou do tempo", completou. Com CNM. 

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