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Supermercados não podem abrir no feriado desta sexta, alerta sindicato

Sem fechar a Convenção Coletiva a lei não permite que os supermercados abram em qualquer feriado municipal, regional ou nacional

21/04/2017 - 07h42

Campo Grande

Alerta é do Sindicato dos Empregados no Comércio (Foto: Divulgação )

Os supermercados de Campo Grande, tanto as grandes redes como os pequenos da periferia, não estão autorizados a abrir no feriado de Tiradentes, nesta sexta-feira (21). Isso porque eles se recusaram a fechar a Convenção Coletiva de Trabalho 2017/18, cuja data base, para entrar em vigor, era 1º de abril.


Sem acordo, eles não podem colocar os empregados para trabalhar nesse ou em qualquer outro feriado, informa o SECCG (Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande).


O impasse na negociação foi a proposta considerada “absurda” feita pela classe patronal, em desrespeito não só aos empregados em supermercados como também com suas famílias. Os empresários, segundo Idelmar da Mota Lima, presidente do sindicato, oferecem de “reajuste salarial” apenas metade do que os salários dos trabalhadores perderam para a inflação nesses últimos 12 meses. Ou seja, pouco mais de 2% de “reajuste” se considerar o INPC do período que foi de 4,45%.


Como se não bastasse esse “famigerado percentual”, um desrespeito e falta de consideração pelo trabalho de seus empregados, os empresários, donos de supermercados de Campo Grande foram mais longe com sua ganância de querer ganhar sozinhos: eles propuseram a retirada de algumas conquistas sociais que já faziam parte da CCT anterior.


“Os donos de supermercados querem, pasmem senhores consumidores e opinião pública de Campo Grande, a retirada da folga pelos feriados trabalhados; acabar com o descanso intervalar de apenas 15 minutos e ainda, querem a criação da função multidisciplinar de seus empregados”, informa Idelmar da Mota Lima.


Nelson Benitez, vice presidente do sindicato, que também participa das negociações, disse que essas propostas são “indecentes” e “inconcebíveis. Uma afronta aos trabalhadores que dão significativa parcela de trabalho para o sucesso dos negócios das empresas”, criticou.


Diante dessas propostas o sindicato resolveu suspender as negociações. Deverá reunir a categoria em assembleia geral para decidir novos rumos que empreenderá nessa luta para conquistar salários dignos e manter as cláusulas conquistadas.

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